27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2b - Alimentação e Nutrição: Alimentos Ultraprocessados |
22372 - RELAÇÃO ENTRE EXCREÇÃO URINÁRIA DE SÓDIO E ALTERAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL COM O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS POR ESCOLARES DO RIO DE JANEIRO PRISCILA SANTOS SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO, LÚCIA RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO, ANDERSON JUNGER TEODORO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO, SUELEN LIMA DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO, VANESSA DE SOUZA SILVA DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
Apresentação/Introdução Comportamentos alimentares inadequados na idade escolar podem gerar riscos nutricionais. O alto consumo de sódio pode estar relacionado à maior ingestão de alimentos ultraprocessados que contêm grandes quantidades de sal que está associado ao aumento da pressão arterial, que originada na infância, pode ser fator de risco para a hipertensão arterial sistêmica na fase adulta.
Objetivos Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados e seus teores de sódio, identificando sua associação com a excreção urinária e alteração da pressão arterial em escolares do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo transversal com estudantes de escolas municipais do Rio de Janeiro. Foram coletados dados demográficos, antropométricos (idade, sexo peso, estatura, IMC z score) e pressão arterial, além da coleta de urina spot (urina noturna) e Recordatório 24h. A natriúria foi obtida através do protocolo de análise “Sódio e Potássio em Fluidos Biológicos” P05-031 e classificados pelo Limite Máximo Tolerável (UL) de sódio. Teores centesimais dos alimentos ultraprocessados mais consumidos foram obtidos em rótulos ou sites oficiais. O banco e análise de dados (média, desvio padrão e qui quadrado) realizados no SPSS 17.0, com nível de significância 5%. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados Avaliados 173 escolares (53,2% do sexo masculino) com 10,9±2,7 anos e IMC zscore 0,7±1,3. Os ultraprocessados mais consumidos e seus teores (100g) de sódio foram, respectivamente: pão francês 48,8%, 648mg; refrigerante 31,8% 5mg; macarrão instantâneo 30%, 1891mg; achocolatado em pó 28,2% 60mg; guloseimas 25,3%; pós para refresco 22,9% 920mg; margarina 20,6% 600mg; biscoito recheado 17,8% 260mg; presunto 16,5% 1769mg e manteiga 15,3% 780mg. Natriúria: 2434,1±1835,3mg, onde 47,3% apresentaram UL associada ao consumo de presunto (p 0,038) e manteiga (p 0,031). Elevação da PA em 10,3% sem associação com natriúria nem com alimentos, mas o consumo da margarina obteve um p valor limítrofe (0,079).
Conclusões/Considerações Houve elevada excreção urinária de sódio e consumo de alimentos ultraprocessados que, de modo geral, possuem significantes teores de sódio, com associação entre consumo de presunto e manteiga com natriúria. Não houve associação entre consumo e alteração da pressão arterial. A educação nutricional focada no conhecimento dos alimentos e incentivo à leitura de rótulos se faz necessária, com incentivo a mudança do padrão alimentar.
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