28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO2p - Alimentação e Nutrição: Segurança Alimentar e Nutricional IV |
28185 - A PRESENÇA DE CANTINAS NAS ESCOLAS ASSOCIA-SE A MAIOR FREQUÊNCIA DE CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS ENTRE ADOLESCENTES MARIA ALVIM LEITE - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, LARISSA LOURES MENDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, MARIA MERCEDES ESCUDER - INSTITUTO DE SAÚDE DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO, MARIA FERNANDA TOURINHO PERES - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, RENATA BERTAZZI LEVY - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução Adolescentes permanecem por um longo período do dia nas escolas e consomem de uma a duas refeições durante o horário das aulas, correspondendo de 30 a 50% de sua ingestão energética diária. Dessa forma, a qualidade dos alimentos disponíveis nas escolas pode influenciar nos desfechos de saúde desses indivíduos.
Objetivos Investigar associações entre a presença de cantinas e a frequência do consumo dentro da escola de alimentos ultraprocessados entre adolescentes.
Metodologia O estudo, de corte transversal, contou com uma amostra de 2.466 adolescentes do 9º ano de escolas públicas e privadas do Município de São Paulo. A coleta de dados foi feita por meio de questionário autoaplicável. Foram analisadas as variáveis: presença de cantina na escola onde estuda (sim ou não) e frequência do consumo dentro da escola (nenhuma ou 1 vez por semana ou 2 ou mais vezes por semana) de alimentos ultraprocessados (embutidos, biscoitos ou bolachas, salgadinhos de pacote, guloseimas e bebidas açucaradas). Para comparar as proporções entre as variáveis estudadas, realizou-se o Teste de Qui-Quadrado/Exato de Fischer. Adotou-se o valor de significância de 5% para todas as análises.
Resultados Dentre os adolescentes que responderam às perguntas, 52,47% (N= 1.380) eram do sexo masculino, 62,20% (N= 1.680) estudavam em escolas onde havia cantinas, 31,10% (N= 767) estudavam em escolas privadas, 33,62% (N= 829) municipais e 35,28% (N= 870) estaduais. Todos os alimentos ultraprocessados, marcadores de uma alimentação não saudável, foram consumidos em maiores frequências por aqueles adolescentes que estudavam em escolas com cantinas (p < 0,05).
Conclusões/Considerações A presença de cantinas nas escolas pode influenciar no padrão de consumo alimentar dos adolescentes. Em escolas públicas onde não há cantina, há cobertura do Programa Nacional de Alimentação do Escolar (PNAE) o que protege, qualitativamente, a alimentação dos estudantes. Em São Paulo, não há regulamentação dos alimentos comercializados nas cantinas. São necessárias medidas para normatização e fiscalização dos alimentos vendidos nas escolas.
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