28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO2l - Alimentação e Nutrição: Aleitamento materno |
24085 - A INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO FETAL A CONDIÇÕES CLÍNICAS GESTACIONAIS E DO TIPO DE PARTO SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA E, EXCLUSIVO, ATÉ O TERCEIRO MÊS CAROLINA RIBEIRO ANELE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FACULDADE DE MEDICINA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, TUANI MEDEIROS DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), SALETE DE MATOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FACULDADE DE MEDICINA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, MARCELO ZUBARAN GOLDANI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FACULDADE DE MEDICINA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, JULIANA ROMBALDI BERNARDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FACULDADE DE MEDICINA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, CLÉCIO HOMRICH DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), FACULDADE DE MEDICINA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Apresentação/Introdução A amamentação na primeira hora de vida é importante na prevenção da morbi-mortalidade infantil e está associada com maior duração do aleitamento materno (AM). Ainda assim, a prevalência de AM é baixa. Entre alguns fatores de risco já conhecidos, a exposição fetal a diferentes ambientes intrauterinos e a cesariana podem influenciar negativamente tanto o início como a duração da amamentação.
Objetivos Investigar a associação da exposição fetal a diferentes ambientes intrauterinos e do tipo de parto com a amamentação na primeira hora de vida e a prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) até o terceiro mês de vida do lactente.
Metodologia Estudo de coorte observacional de crianças nascidas entre 2011 e 2016 em dois hospitais públicos de Porto Alegre. A amostra foi dividida em dois grupos de gestantes: 1) portadoras de diabete ou de hipertensão e 2) um grupo controle (sem doença gestacional). As entrevistas foram realizadas no pós-parto, nos 7 e 15 dias e aos 3 meses de vida do lactente. Foram coletadas informações pré-natais, perinatais, sobre amamentação e introdução alimentar. Foi realizada uma análise descritiva preliminar e aplicado o teste Qui-quadrado. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Éticas em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Grupo Hospitalar Conceição, sob números 11-0097 e 11-0027.
Resultados Foram avaliadas 276 duplas mãe-criança, sendo a mediana de idade das mães 26 anos [21-32]. Dentre a amostra, 41,7% pertenciam ao grupo de portadoras de diabete ou hipertensão e 58,3% do grupo controle. Quanto ao tipo de parto, a maioria das mães (62%) realizaram parto vaginal. A mediana de tempo de amamentação após o nascimento foi 60 minutos [20-150], sendo que 52,5% dos recém-nascidos mamaram na primeira hora de vida. A prevalência de AME até os 3 meses foi 12%. Observou-se associação significativa entre o parto vaginal e a amamentação na primeira hora de vida no grupo de gestantes diabéticas ou hipertensas (p=0,003), enquanto o grupo controle não apresentou diferença significativa.
Conclusões/Considerações O parto vaginal esteve associado a uma maior amamentação na primeira hora de vida no grupo de gestantes diabéticas ou hipertensas. O AME apresentou uma prevalência consideravelmente baixa aos três meses de vida do lactente, maior no grupo controle. A amamentação na primeira hora de vida é influenciada positivamente pelo parto vaginal enquanto o AME, aos três meses, não sofre influência quanto ao tipo de parto.
|