27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO2i - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais IV |
28451 - PREVALÊNCIA DA RETENÇÃO DE PESO PÓS PARTO NA COORTE BRISA DAYANNE ELLEN DA SILVA E SILVA - UFMA, LARISSA NOGUEIRA SILVA SOUZA - UFMA, DEYSIANNE COSTA DAS CHAGAS - UFMA, MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES - UFMA
Apresentação/Introdução Tanto a gravidez quanto o pós-parto constituem dois períodos críticos em que existe maior exposição a fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade. A retenção de peso pós-parto (RPPP) pode representar um dos motivos determinantes da obesidade em mulheres e seu avanço é condicionado por múltiplos fatores. Logo, é necessário conhecer a magnitude dessa condição para uma adequada intervenção.
Objetivos Este estudo teve como objetivos estimar a prevalência da retenção de peso pós-parto; descrever o perfil e estimar a prevalência da adequação de ganho de peso total na gestação das mulheres da coorte BRISA.
Metodologia Trata-se de um estudo seccional, descritivo e analítico, utilizando os dados da coorte BRISA de São Luís (MA), desenvolvida pela Universidade Federal do Maranhão. Incluiu os dados do nascimento (ano de 2010) e do primeiro seguimento (anos de 2011 a 2013). Um terço dos nascimentos ocorridos nas unidades de saúde selecionadas foram escolhidos por sorteio; mulheres residentes no município há menos de três meses e natimortos foram excluídos. A amostra final constituiu em 3.261 mulheres. A RPPP (diferença entre o peso pós-parto e o peso pré-gestacional) foi definida como ≥ 5kg. Foi realizada análise descritiva dos dados através do programa Stata 12.0. Foi adotado o intervalo de confiança de 95%.
Resultados Verificou-se que a prevalência de retenção de peso pós-parto foi de 50,0%, 35,0% das mulheres tiveram ganho de peso gestacional adequado e 30,3% ganharam peso excessivamente durante a gravidez. Na análise com as características maternas, a retenção de peso pós-parto foi mais frequente em mulheres com escolaridade de até oito anos (59,0%), das classes econômicas “D” e “E” (53,9%), com idade menor que 20 anos ao parto (55,5%), que não exerciam atividade remunerada (52,5%), que relataram hipertensão arterial na gravidez (54,8%), multíparas (54,1%), com o pré-natal inadequado (58,0%), com obesidade pré-gestacional (83,2%) e com ganho de peso excessivo durante a gravidez (64,9%).
Conclusões/Considerações A prevalência de retenção de peso pós-parto foi considerada elevada e o ganho de peso excessivo durante a gravidez, IMC pré-gestacional de obesidade e baixa condição socioeconômica se destacaram como fatores contribuintes para seu aumento. Logo, a retenção de peso pós-parto é um importante indicador a ser monitorado, destacando-se acompanhamento permanente de peso e orientações nutricionais às gestantes e às mulheres no pós-parto.
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