26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO2d - Alimentação e Nutrição: Corpo e subjetividade |
28298 - O CORPO EM QUESTÃO: IMAGENS DO CORPO FEMININO NA MÍDIA IMPRESSA
ALISON DOUGLAS DA SILVA - UNICAMP, BEATRIZ CREPALDI GEIGER SMIDT - UNIFESP, DANILO LUCAS CLEMENTINO ARAÚJO - UNIFAL-MG
Apresentação/Introdução
Da teoria hipocrática que abre caminho para a perspectiva biológica aos estudos antropológicos clássicos que o tomam como lócus de reflexão das ciências do social, o corpo tem sido objeto de reflexão de diversos campos do conhecimento ao longo da história. Neste trabalho analisamos, com o auxílio de autores das Ciências Sociais, a forma como o corpo da mulher é apresentado na Revista Dietas Já.
Objetivos
O presente estudo teve como objetivo investigar o modo como o corpo da mulher é apresentado na capa de uma revista destinada a prática de dietas a partir de um escopo teórico das Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CSHS).
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo dos elementos presentes nas capas de 12 edições da revista Dieta Já (abril de 2011 a março de 2012), com enfoque no corpo como elemento central dessas capas. Inicialmente realizou-se a coleta de dados, localizando as capas do período analisado junto a Editora Escala, em seguida foi feito uma pesquisa bibliográfica para situar o estado da arte das produções sobre “o corpo da mulher na mídia impressa” e por fim fez-se a análise descritiva do material a partir de autores das CSHS, seguido da elaboração do relatório final de pesquisa que serviu de base para a produção dessa comunicação.
Resultados
Os resultados apontam que os corpos apresentados na capa das revistas do período histórico analisado é marcado por um teor fortemente sexualizado, além da predominância de corpos magros (todos) e brancos (dez, das doze capas). Nota-se o uso de personalidades midiáticas (apresentadoras de televisão, atrizes, dentre outros) como recurso de sustentação de um padrão de beleza referido por diversos autores das CSHS. Constatou-se também um discurso lipofóbico em relação ao corpo gordo, com a temática da perda de peso presente na capa das doze edições.
Conclusões/Considerações
Os achados deste estudo reafirmam o que autores das CSHS vem apontando, a mídia impressa constrói e reconstrói, por meio do discurso e das imagens que produzem, padrões de corporeidade que submetem o corpo da mulher a uma série de regras, vigilâncias e cobranças como requisitos para sua adequação. Valeria a pena um debruçar teórico a fim de compilar os muitos estudos que tratam do corpo da mulher na mídia impressa.
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