26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO2d - Alimentação e Nutrição: Corpo e subjetividade |
24061 - PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL E FATORES ASSOCIADOS EM UNIVERSITÁRIOS DEISE BRESAN - UFMS, LALESKA PÂMELA RODRIGUES DA SILVA - UFMS, ANA RITA DE OLIVEIRA TUCAN - UFMS, ELISANA LIMA RODRIGUES - UFMS, PRISCILA MILENE ANGELO SANCHES - UFMS, PATRÍCIA VIEIRA DEL RÉ - UFMS
Apresentação/Introdução Ao mesmo tempo que se experimenta uma sociedade dos excessos, onde muitos produtos alimentícios estão disponíveis para compra, com grande disponibilidade de alimentos processados e ultraprocessados, paradoxalmente se convive com milhares de mensagens para evitá-los, em uma sociedade que se promove a satisfação perpétua e ao mesmo tempo a magreza mais rigorosa.
Objetivos Verificar a prevalência de insatisfação com a imagem corporal e sua associação com variáveis sociodemográficas, econômicas, antropométricas e atividade física de universitários.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, realizado com 348 universitários que frequentam o Restaurante Universitário de uma universidade pública de Mato Grosso do Sul. A percepção da imagem corporal foi avaliada pelo Teste de Avaliação da Imagem Corporal. As demais variáveis coletadas foram: sexo, idade, condição marital, condição de moradia, classe econômica (Critério de Classificação Econômica Brasil), peso, estatura, circunferência da cintura (CC) e nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física versão curta). Para verificar a associação entre a variável dependente e as independentes foi realizada regressão logística multinomial, por meio do Software SATATA 11.0.
Resultados 55,7% dos sujeitos eram homens. A prevalência de insatisfação com a imagem corporal foi 59,8% entre os homens e 55,2% entre as mulheres, embora menos de um terço apresentou Índice de Massa Corporal (IMC) e CC fora dos padrões considerados adequados. Na análise ajustada a insatisfação pelo excesso de peso, para ambos os sexos, foi maior naqueles com excesso de peso quando comparados aos eutróficos, segundo o IMC, e maior naqueles com risco para doenças cardiovasculares quando comparado aqueles sem risco, segundo a CC. A insatisfação pela magreza, na análise ajustada, foi maior entre as mulheres com baixo peso quando comparadas às eutróficas. As demais variáveis não se associaram ao desfecho.
Conclusões/Considerações A prevalência da insatisfação corporal foi registrada em mais da metade dos indivíduos avaliados e esteve associada ao estado nutricional. Chama a atenção o número de indivíduos com estado nutricional dentro dos padrões considerados normais e insatisfeitos com a imagem corporal. Os achados do estudo reforçam a ideia de que indivíduos jovens anseiam o ideal estético da magreza e alertam para necessidade de estratégias em saúde pública.
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