29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC21f - Gestão do trabalho e da educação: temas variados |
27034 - AVALIAÇÃO DO ESCOPO DE PRÁTICA DE CIRURGIÕES-DENTISTAS QUE ATUAM NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE E FATORES ASSOCIADOS CRISTIANA LEITE CARVALHO - NESCON/UFMG - PUCMINAS, SABADO NICOLAU GIRARDI - NESCON/UFMG, ANA CRISTINA DE SOUSA VAN STRALEN - NESCON/UFMG, CÉLIA REGINA PIERANTONI - IMS/UERJ, THAÍS VIANA LAUAR - NESCON/UFMG, JULIANA DE OLIVEIRA COSTA - NESCON/UFMG, JOANA NATALIA CELLA - NESCON/UFMG, RENATA BERNARDES DAVID - NESCON/UFMG
Apresentação/Introdução O termo “escopo de prática” é utilizado para descrever o conjunto de atividades, funções e ações que um profissional pode exercer com segurança, segundo sua formação, treinamento e competência profissional. A maneira como o escopo de prática é estabelecido impacta diretamente na composição e produtividade da força de trabalho e, portanto, na qualidade e no custo dos serviços de saúde
Objetivos Caracterizar o escopo de prática de dentistas nos serviços públicos de saúde, em especial na Atenção Primária em Saúde (APS), e investigar os fatores associados à execução de maior número de atividades clínicas e à delegação de tarefas ao Técnico em Saúde Bucal
Metodologia Estudo exploratório, de corte transversal, com aplicação de questionário por via eletrônica para amostra de 716 dentistas que atuam nos serviços públicos de saúde. O questionário abrangia dados sociodemográficos e uma lista de 29 procedimentos em que os participantes deveriam marcar se os realizam na Unidade Básica de Saúde (UBS) e, em caso negativo, se saberiam realizar. Os dados sociodemográficos e os referentes aos escopos de prática e fatores associados foram descritos segundo a distribuição de frequências e medidas de tendência central. Para comparação de variáveis contínuas foi utilizado o teste não paramétrico de Mann Whitney. Para as análises estatísticas foi utilizando o SPSS 19
Resultados Os dentistas relataram saber fazer uma gama maior de procedimentos do que aqueles que fazem nas UBSs. O escopo de prática foi mais ampliado entre os dentistas do sexo masculino e entre os que não possuem especialização. As razões principais para não realizar procedimentos foram que tais atividades não eram da Atenção Primária e a falta de materiais e infraestrutura adequada. Em geral, os dentistas estão abertos a discutir a ampliação do escopo de prática na APS, considerando o fato de que a atenção especializada é muito ruim. Sobre a delegação de tarefas a técnicos (com modificação da legislação e devida capacitação), metade afirmou que delegaria alguns procedimentos, sob supervisão direta
Conclusões/Considerações A área da saúde e a saúde bucal têm sido objeto de estudo sobre escopos de prática em vários países, com profundas modificações nas atividades exercidas pelos profissionais da atenção primária com vistas à otimização do acesso e da qualidade da atenção, especialmente em áreas remotas e desassistidas. Assim, torna-se relevante estudos que possam subsidiar a reorganização dos processos de trabalho e escopos de prática das equipes de saúde da APS
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