29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC21e - Soluções para o trabalho: relatos e análises |
25901 - A FORMAÇÃO DE UMA EQUIPE DE ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS A PARTIR INCORPORAÇÃO DE DIRETRIZES DO PROCESSO DE TRABALHO DA ATENÇÃO BÁSICA AMÉRICO YUITI MORI - PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP, JULIANA TERRIBILI NOVAES SANTOS - PÓS-GRADUAÇÃO INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UFBA, LARA PAIXÃO - PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP, MARIANA FONSECA PAES - PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIFESP
Período de Realização O relato tem como recorte o período de janeiro de 2014 a agosto de 2016.
Objeto da Experiência Processo de estruturação da equipe do Ministério da Saúde e desenvolvimento do seu trabalho no âmbito do Programa Mais Médicos no estado de São Paulo.
Objetivos Este relato tem como objetivo apresentar a territorialização como ferramenta de estruturação da equipe, organizada em referências descentralizadas. Aponta características desse processo em analogia aos atributos da Atenção Primária à Saúde, presentes também na Política Nacional de Atenção Básica.
Metodologia A equipe foi composta por oito referências distribuídas pelas regiões de saúde do estado e uma referência central no Ministério da Saúde. O desenvolvimento de atribuições e organização do trabalho envolveram: reunião de equipe; reconhecimento das demandas e características do território; gerenciamento e tomada de decisão coletiva e acesso à rede intersetorial para articulação de ações conjuntas. Adotou-se ainda a Educação Permanente na construção de instrumentos e qualificação do trabalho.
Resultados O processo de trabalho instituído proporcionou o georreferenciamento de: dados de provimento; demandas relativas a implantação do programa e análise da situação de saúde dos municípios com foco na Atenção Básica. Foram úteis no planejamento das ações e na divisão equânime do território sob responsabilidade de cada referência.
A equipe registrou proporcionalmente baixos índices de notificação por problemas no programa e adquiriu rápida capacidade de resposta às demandas da coordenação nacional.
Análise Crítica No período descrito destinou-se 2480 médicos, em 383 municípios. A equipe utilizou dispositivos de trabalho em nível estadual, que dialogam com o processo de trabalho da Atenção Básica em âmbito local. A vivência de processos gerenciais, orientados por adstrição e vínculo com o território, longitudinalidade e coordenação das ações na perspectiva das Redes de Atenção, oportuniza o apoio a gestores e médicos do programa na lógica de fortalecimento das diretrizes da Política de Atenção Básica.
Conclusões e/ou Recomendações Todo trabalhador carrega a capacidade de autogoverno, sendo que seu engajamento pode convergir ou não com diretrizes estabelecidas pela chefia. Como equipes de atenção básica, que estão no cotidiano do cuidado em saúde, a burocracia do nível de rua tem maior potência quando compartilha princípios e diretrizes do seu trabalho, inclusive quando em diferentes perspectivas o seu objeto é o mesmo, como as equipes de atenção básica e equipes de gestão.
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