27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC21b - Estratégias para a melhoria dos processos de trabalho |
28989 - AS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES NA CONFORMAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM SAÚDE 2000-2015: AVANÇOS E DESAFIOS PATRÍCIA FERRÁS ARAÚJO DA SILVA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, HELENA ERI SHIMIZU - UNB, MAURO NISKIER SANCHEZ - UNB
Apresentação/Introdução O arcabouço político da saúde nos anos 2000 representou um importante avanço, tanto no financiamento quanto na mudança da lógica do modelo de atenção. No entanto, embora o funcionamento do SUS dependa dos trabalhadores, observa-se que as políticas voltadas para os profissionais ainda são deixadas em segundo plano, conformando um debate desvinculado das demais questões prioritárias da saúde.
Objetivos Analisar os aspectos históricos e políticos da conformação da Força de Trabalho em Saúde no Brasil bem como seus avanços e desafios no período de 2000-2015, considerando-se a necessidade de profissionais nas regiões de saúde.
Metodologia Trata-se de pesquisa qualitativa composta de análise documental das principais políticas de saúde e suas implicações para a Força de Trabalho em Saúde no período de 2000- 2015, identificadas por meio do Sistema de Legislação da Saúde (Saúde Legis) bem como das Conferências de Saúde no que se refere à discussão sobre a FTS. Foi realizada a análise de conteúdo dos documentos, identificando e categorizando os componentes relativos às profissões de saúde, incentivo à composição de equipes multiprofissionais e ao desenvolvimento de expertise necessária para operar a política.
Resultados A primeira década dos anos 2000 foi marcada pela institucionalização de importantes normativas da saúde, que têm a integralidade da atenção como eixo comum e evidenciam a complexidade dos temas que se apresentam no cotidiano das ações. Toda essa construção e avanço no campo da atenção representam na prática um desafio para as equipes de saúde, agora convocadas a assumir novos papeis, em composições multidisciplinares que considerem as mais diversas expressões dos determinantes sociais da saúde, e enxerguem a população atendida como protagonista no processo de produção de saúde e não mais apenas como ‘pacientes’ desprovidos de saberes e desejos à mercê da orientação suprema e inquestionável.
Conclusões/Considerações A centralidade dos trabalhadores da saúde na constituição do SUS é inegável, mas nem por isso tem destaque garantido nas agendas e prioridades de governo, debate este que fica relegado em segundo plano e tem se desenvolvido ainda de maneira tímida, na contramão de todas as constatações de sua relevância. O avanço no campo normativo impõe novos arranjos técnicos e conceituais, exigindo cada vez mais competências do profissional de saúde.
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