Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC21a - Atenção básica: vivências e desafios

21498 - CONTROLE DA HANSENÍASE NA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE NO BRASIL: ANÁLISE DE FATORES DE ESTRUTURA E PROCESSO DE TRABALHO
ALINE SAMPIERI TONELLO - UFMA, RAFAELA DAVID BRITO PINHO - UFMA, ERIKA BÁRBARA DE ABREU FONSECA THOMAZ - UFMA, ELAINE THUMÉ - UFPEL, REJANE CHRISTINE DE SOUSA QUEIROZ - UFMA, NÚBIA CRISTINA SILVA ROCHA - UFMG, THIAGO AUGUSTO HERNANDES ROCHA - UFMG, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UFPEL

Apresentação/Introdução
A prevalência da hanseníase no Brasil, diminuiu nos últimos 10 anos, porém, existem regiões brasileiras onde esse indicador ainda é elevado. Políticas de saúde foram instituídas no Brasil para apoiar o alcance da meta da Organização mundial da Saúde que é de menos de um doente para cada 10.000 habitantes, fundamentando que as ações deveriam ser ampliadas para toda rede básica de saúde.


Objetivos
analisar a associação de características de estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de processo de trabalho das equipes de Atenção Básica com o coeficiente de detecção da hanseníase no Brasil.


Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico analítico, cujos municípios foram as unidades de análise. Foram utilizados bancos com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da qualidade (PMAQ-AB) e do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN). Estimaram-se as associações por meio de razão de prevalência (RP) em regressão de Poisson inflacionada de zero (ZIP) regressão binomial negativa e respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%), com abordagem hierarquizada em quatro blocos (alpha=5%).


Resultados
Na análise ajustada, os municípios que possuíam maior percentual de Unidades básicas de saúde (UBS) com Kit de monofilamentos tinham maior chance de detecção de casos de hanseníase (RP:1,60; IC95%:1,38-1,84), assim como as variáveis "vacina BCG" (RP:1,15; IC95%: 1,02-1,32), e "horário mínimo de funcionamento" (RP:1,20; IC95%: 1,01-1,43).


Conclusões/Considerações
Os municípios que possuíam mais UBS com disponibilidade de kit de monofilamentos, de vacina BCG, equipes de UBS realizando Tratamento Diretamente Observado (TDO) e ações educativas para hanseníase apresentaram-se com maior probabilidade de detectar casos da doença.

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