Comunicações Orais

28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO10j - Métricas e Populações Específicas

26231 - ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL E DESIGUALDADE EM SAÚDE NO BRASIL: AS CONSEQUÊNCIAS DO EFEITO MULTIDIMENSIONAL DE RAÇA, GÊNERO E CLASSE SOCIAL
NATÁLIA LEÃO - IESP/UERJ, ANA SARA SEMEÃO - IMS/UERJ


Apresentação/Introdução
Atribuir a causalidade da saúde e da doença a fatores sociais é considerar que estes
moldam o risco de exposição, o percurso e o resultado das doenças. As condições
sociais determinam o controle desigual de recursos, que podem minimizar ou evitar os
riscos e/ou as consequências das doenças, afetando múltiplos resultados de saúde por
mecanismos ou trajetórias de risco que são reproduzidas no tempo.


Objetivos
Investigar o efeito multiplicativo de raça, gênero e classe social sobre a desigualdade em
saúde, dentro da população brasileira.


Metodologia
Foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2013, através de um estudo transversal, com uma sub-amostra de 60.202 indivíduos. A variável autoavaliação do estado de saúde (boa/não boa) foi utilizada como variável desfecho. As variáveis de exposição foram gênero (feminino/masculino), raça (brancos/não-brancos) e escolaridade (sete categorias/proxy de classe social). Foram realizados modelos hierárquicos de regressão logística em dois níveis: 1º nível = gênero + raça + (gênero x raça); 2º nível = escolaridade.


Resultados
Mulheres (32%), não-brancos (14%) e indivíduos com menor escolaridade tem maior probabilidade de se autoavaliarem com status de saúde pior. Quando se utiliza o modelo
multinível visando considerar as diferenças dentro e entre os grupos, nota-se uma redução nas desigualdades na autoavaliação de saúde, principalmente quando se
introduz o termo de interação no modelo. O fato da interação apresentar-se estatisticamente significativa na análise permite inferir que a relação entre o desfecho e
as variáveis explicativas são distintas entre os grupos, ou seja, há um efeito multiplicativo na interação entre raça, gênero e escolaridade nos diferenciais de autoavaliação do estado de saúde.


Conclusões/Considerações
Escolaridade é um forte determinante de saúde, mas paradoxos nos resultados de saúde
são evidentes quando considerada a interação multiplicativa de raça, gênero e escolaridade. O modelo aditivo de estratificação não considera a desigualdade existente dentro do mesmo grupo, e nem a discriminação racial. Análises multiplicativas consideram fatores relacionados ao racismo institucional e interpessoal e sua contribuição para as desigualdades em saúde.

Trabalhos Científicos

Veja aqui as regras para envio dos resumos e fique atento aos prazos.

SAIBA MAIS

Programação Científica

Consulte a programação completa das palestras e cursos disponíveis.

SAIBA MAIS

Convidados

Conheça os Palestrantes confirmados e veja seus currículos!

SAIBA MAIS

Fique atento
às datas principais


26

Julho

2018

Inscrições encerradas.
Não haverá inscrição no local.

01

março

2018

Está encerrado o prazo para submissão de trabalhos.

locais do evento

Pré-Congresso

UERJ - Campus Maracanã

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro é uma das maiores e mais prestigiadas universidades do Brasil e da América Latina. Possui campi em 7 cidades do estado, sendo o maior deles localizado no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro.

R. São Francisco Xavier, 524 - Maracanã, Rio de Janeiro - RJ, 20550-900

Congresso

FIOCRUZ - Campus Manguinhos

Fundação Oswaldo Cruz é uma instituição de ensino, pesquisa, serviços, desenvolvimento científico e tecnológico em saúde, localizada no Rio de Janeiro, Brasil, considerada uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública.

Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro - RJ, 21040-360