28/07/2018 - 14:30 - 16:00
CO10j - Métricas e Populações Específicas |
24659 - MARCADORES DE PADRÃO SAUDÁVEL E NÃO SAUDÁVEL DE ALIMENTAÇÃO ENTRE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS DE IDADE FILHAS DE MULHERES HAITIANAS
ANA PAULA MURARO - UFMT, DELMA RIANE REBOUÇAS BATISTA - UFMT, ANGÉLICA FÁTIMA BONATTI - UFMT
Apresentação/Introdução
O consumo alimentar do indivíduo tende a influenciar diretamente em sua saúde, especialmente no que se refere às crianças. A condição de imigrante em nosso país, por sua vez, pode refletir de forma negativa nos condicionantes e determinantes de saúde da criança, como: baixa condição socioeconômica da família, falta de acesso a serviços básicos e alimentação inadequada.
Objetivos
Avaliar o consumo de marcadores de padrão não saudável de alimentação entre crianças pré-escolares (menores de 5 anos) filhas de mulheres haitianas residentes em Cuiabá-MT.
Metodologia
Estudo transversal, de caráter censitário, com crianças haitianas e/ou de descendência direta de mulheres imigrantes haitianas na cidade. Os dados foram coletados através de entrevista, com entrevistador bilíngue, incluindo informações acerca das condições socioeconômicas da família e do consumo de marcadores de padrão saudável (frutas ou suco natural de frutas; verduras/Legumes; feijão ou outras leguminosas; batatas ou outros tubérculos e raízes) e não saudável (sucos artificiais; biscoitos, bolachas ou bolos; doces, balas ou outros alimentos com açúcar; Refrigerantes). As análises foram estratificadas por faixa etária da criança (menor de 24 meses ou com 24 meses ou mais de idade).
Resultados
Foram avaliadas 67 crianças, 34,3% do sexo masculino e 73,1% com até 24 meses de idade. Com relação à alimentação das crianças, segundo relato das mães, entre as crianças com até 24 meses de idade 34,7% consumiram doces e 20,4% consumiram refrigerante no dia anterior. Já entre as crianças com mais de 24 meses de idade, metade das crianças consumiram sucos artificiais ou refrigerantes no dia anterior, e entre os alimentos considerados marcadores de alimentação saudável, 77,8% das crianças consumiram verduras ou legumes e 94,4% consumiram frutas.
Conclusões/Considerações
Elevada proporção das crianças analisadas consumiu alimentos considerados marcadores de padrão alimentar não saudável, salientando a necessidade de atentar-se para as condições socioeconômicas precárias nas quais estas crianças estão inseridas, bem como, a necessidade de orientações acerca do tema para os responsáveis pelas crianças, visto que são fatores que apresentam impacto direto na alimentação familiar.
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