28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO10j - Métricas e Populações Específicas |
21972 - O ACESSO E A QUALIDADE DA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA POPULAÇÃO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) SYLVIA LOURES VALE PUJATTI - UIT, MARIA JOSÉ DE MORAIS PEREIRA - UIT, MARIA JÚLIA ALVES DE SOUSA - UIT, RAPHAELA COSTA SALES - UIT, LARISSA SIQUEIRA CAMPOS - UIT, BRUNA XISTO MESQUITA DE OLIVEIRA - UIT, KAMILA GUIMARÃES FERREIRA - UIT, IZABELLA CAROLINE PRADO GOMES - UIT, BRENNER DE OLIVEIRA ESTEVES - UIT
Apresentação/Introdução A pesquisa, realizada entre novembro de 2016 e janeiro de 2018, teve como motivo a discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero. Essa atitude interfere na saúde da população de LGBTT ao desencadear processo de sofrimento, adoecimento, morte prematura. Como o mineiro, caracterizado como um povo apegado às tradições aceita e acolhe o indivíduo do grupo LGBTT no serviço de saúde do SUS?
Objetivos Definiu-se como objetivo da pesquisa analisar e conhecer o acesso e a qualidade da atenção integral à saúde da população LGBTT no SUS de duas cidades do interior de Minas Gerais tendo em vista, subsidiar medidas para a melhoria do atendimento.
Metodologia A investigação comportou abordagens qualitativa e quantitativa. No primeiro momento, aplicou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas para identificar as barreiras que se fazem presentes nos sofrimentos decorrentes da discriminação e do preconceito a respeito do modo de viver de pessoas que fazem parte do grupo LGBTT e como os profissionais da Saúde percebem, aceitam (ou não) e acolhem as pessoas do grupo LGBTT e como essa pessoa se sente ao ser atendida na Unidade de Saúde. Foram realizadas entrevistas, durante as quais os participantes falaram sobre experiências vivenciadas durante o atendimento nos PSFs. A pesquisa contou com o apoio das Secretarias Municipais da Saúde.
Resultados Os resultados obtidos demonstram que o preconceito ocorre de várias formas, como olhares e comentários maldosos, consultas mais rápidas, medo de contato físico. As barreiras encontradas nos relatos como: a discriminação oriunda do preconceito por parte dos profissionais de saúde; o pouco conhecimento sobre a Política Nacional de Saúde Integral de LGBTT, tanto dos profissionais quanto dos usuários; a negação da identidade pela falta do registro do nome social no prontuário e a inexistência do campo “orientação sexual” nas fichas dos usuários; o despreparo e desinteresse no atendimento são responsáveis pelo receio e afastamento da população LBGTT dos serviços de saúde do SUS.
Conclusões/Considerações Considera-se a necessidade de mudanças no sistema de saúde. Os relatos mostram o sofrimento para além do motivo da procura do PSF: ele aparece, sobretudo, na discriminação decorrente do preconceito. Isto requer a promoção não somente de medidas de intervenção, mas, ainda, a conscientização a respeito do contexto que envolve o grupo no intuito de favorecer o enfrentamento da diferença e o direito a um tratamento ético, individualizado e confiável.
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