28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO10g - Território e participação |
24389 - PAC MANGUINHOS, PROBLEMAS NÃO RESOLVIDOS: O QUE DIZEM OS MORADORES FATIMA REGINA - FIOCRUZ, ANDRÉ LUIZ CARVALHO CARDOSO - UERJ, MARIZE BASTOS DA CUNHA - FIOCRUZ, ALAN BRUM PINHEIRO - INSTITUTO RAÍZES EM MOVIMENTO, ÉRIC ALVES GALLO - UNISUAM, GUSTAVO RODRIGUES LOPES TAVARES - UERJ, EDUARDO BARCELOS - UFF, PATRÍCIA GOMES DE OLIVEIRA - UNISUAM, MÔNICA SANTOS FRANCISCO - ONG ASPLANDE
Período de Realização Oficinas de produção compartilhada de conhecimento entre dezembro de 2015 a outubro de 2016
Objeto da Experiência O PAC, a provisoriedade e a incompletude enquanto marcas das políticas públicas nas favelas na história e memória dos moradores
Objetivos Documentar e sistematizar os problemas que moradores de Manguinhos vêm enfrentando em seus lugares de moradia, mapeando informações sobre a situação de saúde e ambiente; subsidiar e apoiar o encaminhamento de demandas para solução de situações limite pós obras do PAC
Metodologia As oficinas de compartilhamento são o núcleo da metodologia junto a uma rede de parceiros: membros do Conselho Gestor Intersetorial do Teias Manguinhos, o Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado do Rio e o Laboratório “Arquitetando Subjetividades” da Unisuam, entre outros. As atividades incluíram, além das oficinas, levantamentos de campo, reuniões regulares, produção de um mapa com os moradores e circulação de informações durante todo o processo
Resultados Sistematização das situações limites, em texto e mapa, evidenciando as situações de precariedade e as violações de direitos. Entre as mais graves destacamos a violação ao direito à moradia pelos riscos nas habitações, agravando problemas de tuberculose, hipertensão e problemas respiratórios, a permanente ameaça das remoções que afetam a saúde mental e a continuidade das enchentes, com perdas materiais e afetivas, evidenciando a precariedade das soluções em saneamento
Análise Crítica O mapeamento dos problemas do PAC, identificando situações limites vividas por moradores e seus impactos sobre a saúde, contribuiu para o fortalecimento de uma rede de parcerias em Manguinhos. Esta rede foi responsável por uma audiência pública em 2016, que buscou encaminhamentos para as demandas dos moradores sobre a situação de moradia, e produziu também maior sinergia com outras favelas. No entanto nenhuma solução definitiva foi dada, até o momento, para os problemas mapeados
Conclusões e/ou Recomendações A experiência evidenciou a importância da participação da população nos processos de produção de conhecimento e na identificação dos determinantes sociais da saúde que são centrais para entender os processos de produção da doença e da saúde nestes territórios. Reafirmamos assim nossa convicção que só a ampliação de espaços e iniciativas que promovam tal participação poderia garantir alguma mudança no padrão das políticas públicas nas favelas
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