27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO10f - Território e gestão |
27475 - O TERRITÓRIO COMO PONTO CHAVE DA PROMOÇÃO DA SAÚDE: A DISTÂNCIA ENTRE OS DETERMINANTES AMBIENTAIS E O COTIDIANO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA ROSANGELA FATIMA DE OLIVEIRA MACHADO - UFS, JOSEFA ELIANE SANTANA DE SIQUEIRA PINTO - UFS, THAYANE SANTOS SIQUEIRA - UFS, GRASIELE OLIVEIRA CONCEIÇÃO - UFS
Apresentação/Introdução A pesquisa dedicou-se a estudar os determinantes ambientais da saúde a partir do trabalho cotidiano da equipe de saúde da família. Embora o modelo biomédico seja apontado como insuficiente e com baixa resolutividade em estudos nacionais e internacionais, ele ainda é hegemônico e as práticas de promoção da saúde não têm ocupado o devido lugar de destaque nas ações da atenção básica de saúde.
Objetivos Analisar como a equipe de saúde da família trabalha em seu cotidiano com os determinantes ambientais da saúde, considerando as questões predominantes do território como área de atuação
Metodologia O estudo foi realizado em Lagarto (SE), com equipes de saúde da família, que têm como atividades previstas, ações no território. De natureza qualitativa, baseou-se em 1- Entrevistas; 2- Acompanhamento às equipes de saúde em visitas, traduzidas em diário de campo; e pesquisa documental: 3- Análise de 1.160 prontuários de usuários e 4- Informações dos sistemas DATASUS e IBGE. A análise dos dados fundamentou-se na teoria da Análise de Conteúdo, com a intenção de reafirmar os significados de comunicação e conteúdos simbólicos expressos pelos profissionais, tanto no descrito em prontuários, quanto nas características intrínsecas nas entrevistas e nos discursos, em visitas domiciliares.
Resultados Os prontuários mostraram que 40% das queixas referem-se a determinantes ambientais. No entanto, as orientações se traduzem em solicitação de exames parasitológicos, correspondendo a 36,64% dos pedidos e em menos de 10%, há orientações educativas. O prontuário não é utilizado para o planejamento de prevenção de agravos e promoção da saúde. Nas entrevistas, afirmaram que não há trabalho de reconhecimento do território e atividades fora das unidades de saúde, embora reconheçam a importância de se aproximarem de ambientes extra-unidades (ruas, escolas, centros comunitários), juntamente com atividades intersetoriais, visando à resolução efetiva de questões referentes aos determinantes ambientais.
Conclusões/Considerações Os determinantes ambientais, seja a falta de infraestrutura e/ou mudanças climáticas, afetam principalmente as populações em situação de vulnerabilidade. A promoção da saúde como uma das premissas do SUS, tanto conceitual quanto metodológica, deve proporcionar a elaboração de estratégias, incluindo o compromisso com ações intersetoriais, a fim de se criar uma nova lógica de reconhecimento do território como espaço de produção de saúde da população.
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