Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO10e - Desigualdades Espaciais

23498 - DESIGUALDADE SOCIAL E SAÚDE URBANA: UMA ANÁLISE DA ARBORIZAÇÃO URBANA EM DISTINTOS TERRITÓRIOS EM BELÉM, PARÁ
JORGE NASSAR FLEURY - FAU / UFRJ, ANA LUCIA BRITTO - PROURB / FAU / UFRJ, SIMONE CYNAMON COHEN - ENSP / FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
No Brasil, a arborização urbana ainda recebe atenção de forma muito discrepante nas diversas cidades. De acordo com Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Belém, no Pará, possui o menor índice de arborização urbana entre as capitais de estado no Brasil (22,4%), enquanto cidades como Rio de Janeiro e São Paulo possuem respectivamente 72,2% e 75,4%.


Objetivos
O objetivo foi analisar planejamentos discrepantes de arborização urbana de uma cidade da Amazônia Brasileira (Belém-PA) e também mapear e quantificar a arborização em relação ao número de lotes e a realidade socioeconômica na cidade.


Metodologia
Estudo descritivo, exploratório e com abordagem quali-quantitativa com base em dados originados a partir de imagens do satélite IKONOS ano 2006. Foram quantificadas rua a rua, o número de domicílios e de árvores por domicílio em dois bairros com realidades socioeconômicas e físicas discrepantes entre si da cidade de Belém.
A partir do número de árvores criou-se o índice de arborização, sinalizando a existência de arborização em frente a cada lote, através do cálculo do número de árvores dividido pelo número de lotes (residência). Foi gerado um valor percentual para este índice e as diferenças percentuais entre os bairros avaliados pelo teste qui-quadrado (significância=5%).



Resultados
Comparou-se o bairro de Nazaré (central, com alto poder aquisitivo e com inexistência de favelas) com o bairro do Guamá (um dos de menor renda média e mais populosos da cidade, com percentual de favelas de 76% a 100%). No bairro de Nazaré, a proporção total de domicílios com arborização foi de 39,8%, muito abaixo da média das capitais brasileiras, e no bairro com menor poder aquisitivo, esse valor foi 5,3%. Do total de domicílios sem arborização, 78,2% encontram-se no bairro do Guamá. A diferença entre número de árvores por domicílios diferiu significativamente entre os bairros (p = 0,044), ainda que a quantidade de lotes por bairro não tenha sido estatisticamente diferente (p=0,116).


Conclusões/Considerações
Os achados demostram um cenário de desigualdades sociais e urbanísticas entre os bairros, onde características econômicas parecem determinar o grau de arborização das ruas. Isso vai de encontro com o planejamento urbano contemporâneo, que tem como um de seus pilares a justiça social, sobretudo se analisadas as condições à luz da saúde pública. É fundamental a reflexão sobre as influências socioambientais da arborização na saúde urbana.

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