27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO10d - Ambiente, estilo de vida e participação |
21383 - A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS COMO INDUTORA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NA AVALIAÇÃO E O CUMPRIMENTO DOS ODS EM NÍVEL LOCAL FELIX J. ROSENBERG - FIOCRUZ, SÔNIA M.G. CARVALHO - FIOCRUZ, MARINA RODRIGUES DE JESUS - FIOCRUZ, MARCELO MATEUS IZAIAS - FIOCRUZ, NINA MAYER - FIOCRUZ, LILIA MARIA VALENTE SEIDENSTICKER GOMES - FIOCRUZ, CAIETT VICTORIA GENIAL - FIOCRUZ
Período de Realização A experiência se iniciou em fevereiro de 2017 e será executada, pelo menos, até dezembro de 2020
Objeto da Experiência Fortalecer a Estratégia Saúde da Família como indutora do envolvimento comunitário e do compromisso intersetorial do governo na gestão local dos ODS
Objetivos Estimular a tomada de consciência da determinação social da saúde e dos direitos cidadãos a alcançar as metas dos ODS.
Implementar conselhos locais, com caráter intersetorial, para a discussão e proposição de políticas específicas de melhoria da qualidade de vida em bairros populares de Petrópolis
Metodologia Foi implementado o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) em toda a área de cobertura das ESF de Petrópolis (38% da população) como base para definir políticas municipais de promoção da saúde. O DRP inclui travessias territoriais, redes comunitárias, rodas de conversas com mulheres e adolescentes, entrevistas com lideranças comunitárias e reuniões devolutivas. Com a discussão participativa dos resultados do DRP e ações socioculturais se pretende organizar conselhos gestores locais intersetoriais
Resultados Endossado pela Conferência Municipal como estratégia para a política de promoção da saúde, o DRP, mais que doenças, identificou espaços de maior exclusão social e destacou problemas vinculados aos ODS, como pobreza; desemprego; baixo nível educacional; deficiências do transporte público; baixa cobertura de saneamento; ausência de áreas de lazer; juventude sem perspectivas; insegurança alimentar e nutricional, assinalando, como fundamental, a criação de conselhos gestores locais intersetoriais
Análise Crítica Os debates devolutivos e temáticos sobre os resultados do DRP, somados ao apoio da autoridade municipal de saúde, transformaram o ceticismo inicial em forte aderência das ESF. São desafios: a descrença das comunidades nas instituições, sua despolitização, fraca consciência dos direitos e as atuais políticas nacionais de saúde, redutoras da atenção primária de base comunitária a um simples “primeiro nível de assistência”. A experiência permite a sua expansão contínua territorial e temática
Conclusões e/ou Recomendações A experiência revelou a percepção popular sobre a relação da saúde e o bem-estar com suas condições socioeconômicas e reforçou a pertinência do conceito da determinação social do processo saúde-doença. O monitoramento dos ODS ao nível local permite caracterizar as desigualdades ocultas pelas médias estatísticas. O DRP evidenciou como fundamentais o fortalecimento da organização comunitária e a intersetorialidade das políticas públicas
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