26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO10a - Produção de conhecimento e emancipação |
26493 - VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE, DISPOSITIVO PARA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE MARIZE BASTOS DA CUNHA - ENSP/ FIOCRUZ, FÁTIMA PIVETTA - ENSP/FIOCRUZ, LENIRA ZANCAN - ENSP, FIOCRUZ, FABIANA MELO SOUSA - LABORATÓRIO TERRITORIAL DE MANGUINHOS/FIOCRUZ, MONICA SANTOS FRANCISCO - LABORATÓRIO TERRITORIAL DE MANGUINHOS/FIOCRUZ, VIVIANI CRISTINA COSTA - ENSP, MARCELO FIRPO DE SOUZA PORTO - ENSP/FIOCRUZ, JAIRO DIAS DE FREITAS - EPJSV/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Considerando o desencontro entre a dinamicidade de territórios vulneráveis, em processos de mudança, e a refração do sistema de saúde a esta dinamicidade, a pesquisa se propôs a produzir e circular informações - considerando o conhecimento, a experiência e respostas sociais dadas pelos moradores e coletivos locais- e refletir sobre as possibilidades de uma rede de vigilância popular em saúde.
Objetivos Discutir a potencialidade de uma rede popular de vigilância, que incorpore as experiências de moradores e técnicos nas pesquisas e intervenções desenvolvidas no nível local, de forma a ampliar o acesso e a qualificação da Atenção Primária em Saúde
Metodologia A partir do diálogo com uma rede de agentes sociais atuantes em Manguinhos, o projeto realizou visitas regulares de campo, monitoramento das redes sociais e mídia eletrônica, oficinas de discussão, entrevistas e produção de materiais políticos pedagógicos. As oficinas formadas por pesquisadores, moradores e trabalhadores do território, tendo o áudio visual como dispositivo mediador do diálogo, constituíram a estratégia para reunir, confrontar e estabelecer interlocução entre distintos saberes, de forma a fornecer maior qualidade, contextualização e transparência à produção de conhecimento, e aos possíveis processos de compreensão e engajamento dos agentes sociais envolvidos.
Resultados Identificação de situações limite no território e das respostas sociais elaboradas pelos moradores e coletivos locais; sistematização e circulação de informação da situação de saúde e seus determinantes nas redes sociais virtuais e presenciais; mobilização e escuta qualificada dos moradores e coletivos locais, profissionais de saúde, bem como o estabelecimento de uma rede de parcerias que resultou no acompanhamento técnico da ação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e da Comissão de Moradores de Manguinhos a respeito dos problemas ocasionados pelo PAC; produção técnico-científica; cadernos de oficinas; slides shows e vídeos.
Conclusões/Considerações Uma pequena rede, formada por moradores e trabalhadores locais, é capaz de identificar problemas e circular informações, e atuar no apoio às situações limites. Ela configura o embrião de uma possível rede de vigilância popular, capaz de produzir conhecimentos e respostas a problemas em saúde, qualificar a atenção primária em saúde e atuar como espaço formativo dos agentes participantes, resgatando o princípio freiriano de promoção da autonomia.
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