27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC8a - Democracia, Participação e Controle Social na Saúde COC 1 |
26919 - TRANSFORMAÇÃO DE ESPAÇO INVISÍVEL PARA ESPAÇO PÚBLICO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: ESTUDOS SOBRE SALAS DE ESPERA INÊS REIS - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ, NATANAEL DOS SANTOS - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ, IDENALVA SILVA DE LIMA - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ, LAURIANA CRISTINA ALMEIDA DA SILVA - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ, GILBERTO REIS - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ, RENATA SÁ - CSEGSF/ENSP/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Transitam milhares de pessoas nos serviços públicos e privados. Há horas de aguardo por um atendimento e, muitas vezes, ocupadas com programas televisivos ou iniciativas para amenizar a espera. Por outro lado, estudos mostram que as salas de espera refletem o modelo assistencial e podem ser espaços educativos se forem transformados em espaços públicos e saírem da “invisibilidade” institucional.
Objetivos Apresentar resultados de pesquisas sobre a expressão e transformação de serviços através de salas de espera na Saúde Pública.
Metodologia O presente trabalho apresentará a síntese de três pesquisas sobre sala de espera (SE): - revisão sistemática em que três pesquisadores identificaram e analisaram os 33 periódicos sobre atividades educativas em sala de espera, disponíveis online gratuitos na língua portuguesa até 2015, na Biblioteca Virtual em Saúde; - realização e análise de 91 entrevistas realizadas com gestores, profissionais de saúde e usuários de todos os 17 Centros de Saúde Escola (CSE) existentes no Brasil em 2010; - observação participante de profissionais de saúde e estudantes através de diários de campo, fotografias, filmes e questionários com usuários na sala de espera de um estudo de caso em CSE, desde 2000.
Resultados Os 33 artigos mostram o compartilhamento entre profissionais e usuários na SE. 15% citaram que atividades amenizam a ansiedade da espera. 67% apresentaram técnicas de incentivo ao diálogo (teatro, música, filmes, degustação, etc). As entrevistas relacionadas aos CSE mostraram a correlação entre promoção da saúde, adoecimento e habilidades pessoais. As atividades educativas foram definidas como transmissão do conhecimento através de palestras, inclusive em SE. O estudo de caso de CSE mostrou que a SE expõe como a instituição acolhe o usuário e as relações de poder. Metodologias participativas valorizam troca de conhecimentos e aproximam usuário e profissional (oficinas de arte).
Conclusões/Considerações A pesquisa com os CSE demonstra a necessidade de entendimento sobre metodologias participativas preconizadas em políticas públicas. Isto é fundamental para a coerência nas práticas profissionais que contribuam para a promoção da saúde. As salas de espera denunciam as relações de poder. As SE podem ser transformadas em espaços públicos, se não forem invisíveis a instituição e forem aproveitadas como espaço interativo e de diálogo.
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