27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC8a - Democracia, Participação e Controle Social na Saúde COC 1 |
25109 - PESQUISA CLÍNICA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL TATIANA SANJUAN GANEM PRADO - BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ, ALINE ELISETE DOCKHORN DA SILVA - BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ, CINTIA CRISTINA INACIO DA SILVA - BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ, MARIA DE LOURDES DE SOUSA MAIA - BIO-MANGUINHOS/FIOCRUZ
Período de Realização Esse relato trata da experiência adotada a partir de 2007 sendo estabelecida atualmente.
Objeto da Experiência Transformação do processo de realização da pesquisa clínica, por meio da inclusão do conceito de alteridade, visando a inclusão participativa da sociedade.
Objetivos Tornar o processo de pesquisa clínica participativo nas etapas da tomada de decisão, rompendo com o centralismo cientifico.
Inserir a participação na dinâmica da pesquisa clínica, cooperando do planejamento à execução dos processos, possibilitando a apropriação do conhecimento, desmitificando-a.
Metodologia De acordo com o estudo, realiza-se o mapeamento dos potenciais atores envolvidos, em aproximação ao seu objeto, atentando à diversidade das relações. Segue-se com a identificação dos mesmos, promovendo a aproximação, considerando as parcerias já estabelecidas anteriormente, otimizando o contato.
Realiza-se apresentação do estudo, intenção da interface e colaboração. Com oficialização do acordo de cooperação. A partir desses, são iniciadas reuniões periódicas de acordo com a necessidade.
Resultados Tem-se incluído ativamente a participação da sociedade, excluindo da centralidade da pesquisa o cientista/pesquisador. Desse modo, os grupos têm atuado: por meio da associação de pacientes, esclarecer a dinâmica do tratamento, complicações sociais e indicar centros de tratamento; as sociedades médicas têm contribuído na elaboração dos protocolos de pesquisa; profissionais da assistência, como agentes comunitários, promovem a aproximação para abordagem, linguagem, dinâmica local e credibilidade.
Análise Crítica O conceito de alteridade implica a inclusão da sociedade, onde a troca de experiências tem grande importância. No entanto, o mesmo não tem sido a prática instituída no país, especialmente nas pesquisas biomédicas, nas quais a centralidade do pesquisador/cientista é hegemônica. Cada vez mais percebe-se a consciência da sociedade para a mudança da realidade social, pois o padrão igualitário do novo século, busca interagir cada vez mais, tendo em vista, a quantidade de dados que chegam até elas.
Conclusões e/ou Recomendações Percebemos, a partir desse modelo, o quanto o processo é enriquecedor e potencialmente necessário e produtivo para os resultados da pesquisa, impactando diferencialmente. Numa sociedade democrática de direito, é imperativo o envolvimento da sociedade na tomada de decisões. É benéfico para todos que haja um maior entrosamento entre ciência/sociedade, pois assim as trocas de informações e experiências tendem a garantir qualidade e credibilidade.
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