29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC18d - Medicamentos na APS |
24939 - PERFIL DAS UNIDADES DISPENSADORAS DE MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS DO ESTADO DO CEARÁ
FRANCISCO ÁLISSON PAULA DE FRANÇA - SESA/CE, MAÍRA BARROSO PEREIRA - SESA/CE, RÉGIS BARROSO SILVA - UFC
Apresentação/Introdução
Após o advento da terapia antirretroviral no Brasil em 1996, houve mudanças consideráveis nas taxas de mortalidade pela AIDS, com redução de 70% até o ano de 2005. Diante desse cenário, o MS conduziu um trabalho formado por profissionais e sociedade civil, os quais elaboraram o Protocolo de Assistência Farmacêutica em IST/HIV/AIDS, com o objetivo de fortalecer o uso racional dos antirretrovirais.
Objetivos
Identificar o perfil das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Antirretrovirais (UDM) do Ceará, tomando como base os parâmetros sugeridos pelo Protocolo de Assistência Farmacêutica em IST/HIV/AIDS do MS.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa exploratória e de caráter observacional. O estudo ocorreu no período de julho a dezembro de 2017. A coleta de dados foi realizada através de questionário enviado por e-mail para os profissionais responsáveis pelas 27 UDM cearenses. Após devolutiva, os dados foram tabulados em forma de planilhas no Microsoft Excel (Versão 2010) e em seguida foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21, no qual expressou os dados estatísticos na forma de tabelas e gráficos.
Resultados
Das 27 UDM do Ceará, 92,60% retornaram o questionário respondido. Verificou-se que 36% das UDM não aderirem ao SICLOM, sistema do MS responsável pelo gerenciamento logístico dos antirretrovirais. Foi observado também que o farmacêutico foi o profissional responsável em 84% das unidades e este está inserido em uma equipe multiprofissional, porém a ausência do enfermeiro foi notada em 60% dos serviços de IST/HIV/AIDS. Percebeu-se ainda a não conformidade na estrutura física em 56% das UDM e que 72% destas não possuem a estrutura mínima necessária para o atendimento farmacoterapêutico, estando em desacordo com o Protocolo de Assistência Farmacêutica em IST/HIV/AIDS do MS.
Conclusões/Considerações
Pôde-se concluir com o estudo, que o perfil das UDM ainda está distante do modelo preconizado pelo MS, o que cabe aos gestores municipais e estaduais alinhamento das práticas de gestão com o modelo sugerido pelo MS, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida aos usuários e fortalecer o acesso ao tratamento e uso racional dos antirretrovirais, impactando nos indicadores de morbidade e mortalidade, proporcionando resposta efetiva à epidemia.
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