29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC18d - Medicamentos na APS |
24368 - CONHECER O INDIVÍDUO, SUAS CRENÇAS E MOTIVAÇÕES: ABORDAGEM FARMACÊUTICA NO GRUPO DE TABAGISMO ISABEL CRISTINA REINHEIMER - UPF, ALESSANDRA EBEL - UPF, VANESSA DA ROSA WUST - UPF, DANIELE PICININ - UPF, GABRIELA STOCHERO - UPF, NATAN PINTO DO NASCIMENTO - UPF, BRUNA SORENSEN - UPF, IZAMARA ROSTIROLLA - UPF, MÔNICA BOEIRA WEBER - SMS PF, MARISA BASEGIO CARRETA DINIZ - HCPF
Período de Realização As atividades ocorreram de abril a outubro de 2017.
Objeto da Experiência Esta série de casos descreve a experiência de farmacêuticas residentes multiprofissionais em grupos de tabagismo em unidades básicas de saúde (UBS).
Objetivos Contribuir com a motivação para a mudança realizando escuta ampliada, coordenando grupos e articulando redes de apoio ao indivíduo tabagista.
Metodologia A maioria dos usuários são encaminhados pelo médico após consulta. Utiliza-se, também, cartaz informativo fixado na recepção da UBS, lista para inclusão dos interessados por livre demanda e indicação de outros participantes que referenciam o grupo. Os encontros ocorrem semanalmente com duração média de 60 minutos. O grupo é agendado por meio de contato telefônico quando somam-se 10 pessoas interessadas. São utilizadas as cartilhas do Programa de Tabagismo e material para escrita.
Resultados Foram desenvolvidos 4 grupos com 30 participantes (abril - 7; junho - 8; setembro - 7; outubro - 8). Outros 3 participantes foram atendidos individualmente por impossibilidade de comparecer aos encontros ou regressantes de outros grupos. Predominam no perfil dos participantes as mulheres de 50 anos ou mais. A maioria dos usuários optou pela parada gradual na forma de redução do número de cigarros consumidos por dia.
Análise Crítica Observa-se a crença da cessação do tabagismo pelo uso de medicamentos. Contudo, são um complemento à terapia sendo indicados àqueles com maior grau de dependência. Mostrar-se indiferente a esta crença favorece o esvaziamento dos encontros após o recebimento da prescrição. Assim, reconhecer o grau de motivação dos usuários e trabalhar possibilidades para além dos medicamentos se constitui numa abordagem profissional necessária.
Conclusões e/ou Recomendações A motivação é uma fase dinâmica para a mudança que sofre influência de fatores externos. Assim, é necessário considerar o estágio para a mudança no qual o participante se encontra para que a abordagem farmacêutica no grupo de tabagismo apresente maior efetividade. É possível, então, aconselhar os participantes e ressignificar suas crenças frente à real necessidade do uso dos medicamentos, apresentando outras estratégias e construindo vínculo.
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