29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC18d - Medicamentos na APS |
22866 - USO DE MEDICAMENTOS ENTRE IDOSOS DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO CEARÁ
MARIA MICHELLE BISPO CAVALCANTE - UNINTA, CÉSAR OLÍMPIO FERREIRA PEREIRA - UNINTA, OLINDINA FERREIRA DE CHAVES MELO - UNINTA, ANTONIO G. FERNANDES - UNINTA, ALDECIRA UCHOA MONTEIRO RANGEL - UNIFOR, JOSÉ ADRIANO BISPO CAVALCANTE - UFC, FCO AIRTON RANGEL FILHO - UNINTA
Apresentação/Introdução
A transição epidemiológica vivenciada recentemente no país, proporcionou um expressivo aumento da população idosa. Inevitavelmente, o aumento da expectativa de vida, levou ao crescimento das doenças crônico degenerativas, que aumentou o consumo de medicamentos, ocasionando alterações fisiológicas. Torna-se condição sine qua non à promoção de saúde, conhecer o manejo de medicamentos por idosos
Objetivos
Investigar a existência da polifarmácia e automedicação entre idosos do Serviço de Convivência do Município de Uruoca–CE; Classificar os grupos farmacológicos dos medicamentos utilizados por eles; além de Caracterizar essa população
Metodologia
A pesquisa foi permeada pela abordagem quantitativa, com caráter exploratório e descritivo. Realizada no Centros de Referência de Assistência Social do município de Uruoca-CE. A coleta de dados ocorreu entre abril e junho, após emissão do parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa; sob o número do parecer nº 1.498.438 através da utilização de entrevistas estruturadas com uma amostra de 34 idosos. Os dados coletados foram tabulados e analisados no programa Microsoft® Office Excel 2010, comparando-se os resultados com pesquisas nacionais que discutem temáticas afins. Salienta-se ainda o cumprimento e respeito aos princípios e normas da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados
Evidenciou-se maior proporção de mulheres entre os idosos com 65% do total, corroborando com pesquisa de Wheberth (2011). Tem-se 41 % dos idosos viúvos e 74% analfabetos. Houve prevalência 1 a 2 salários mínimos. Enfatiza-se assim, dificuldades para custear suas necessidades diárias. Quanto à polifarmácia, verificou-se está presente em 91%. Os grupos farmacológicos foram: Anti-hipertensivos (24%), Anti-inflamatórios (20%) e antidiabéticos (18%). O medicamento tem seu consumo irracional difundido por práticas midiáticas da indústria farmacêutica, que incitam seu uso apontando medicamentos como responsáveis por longevidade, cura fácil ou ainda como propiciadores de prazer (LYRA JR, 2010).
Conclusões/Considerações
A Polifarmácia no grupo de idosos apresenta risco prospectivo à população. Considerando o envelhecimento populacional, faz-se necessário maior atuação das Políticas Públicas de Saúde que priorizem a promoção de Saúde, em detrimento à cura das doenças ultrapassando o modelo hegemônico. Assim, a promoção do uso racional dos medicamentos é uma ferramenta importante junto à sociedade, para se não corrigir, pelo menos minimizar o problema.
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