29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC18c - Segurança do paciente e uso de medicamentos |
22889 - USO DE METILFENIDATO PARA APRIMORAMENTO COGNITIVO E MEIOS DE OBTENÇÃO ENTRE UNIVERSITÁRIOS
BIANCA DE OLIVEIRA CATA PRETA - UFPEL, VANESSA IRIBAREM AVENA MIRANDA - UFPEL, ANDREA DÂMASO BERTOLDI - UFPEL
Apresentação/Introdução
Metilfenidato (MTF) é um psicoestimulante usado no tratamento de TDAH e também utilizado por indivíduos saudáveis com propósito de melhorar aspectos cognitivos. Sua compra só é possível com apresentação e retenção de prescrição médica, mas outros meios também são empregados para sua obtenção. Universitários têm maior chance de usar este tipo de medicamento do que outros jovens da mesma idade.
Objetivos
Medir a prevalência de uso de MTF alguma vez na vida e nos últimos 12 meses e conhecer os meios de obtenção do medicamento entre estudantes universitários.
Metodologia
Estudo transversal realizado por meio de um censo com todos os ingressantes no primeiro semestre de 2017, estimado em 2551 alunos, de cursos presenciais de graduação da Universidade Federal de Pelotas. Em sala de aula, os estudantes elegíveis foram convidados a responder um questionário anônimo e autoaplicado em tablet com questões relativas às características demográficas e socioeconômicas e questões sobre uso e obtenção de metilfenidato alguma vez na vida e nos últimos 12 meses para fins de aprimoramento cognitivo. Realizou-se análise descritiva dos dados preliminares por meio do programa Stata 15.1.
Resultados
Até o momento, 1009 alunos responderam ao questionário, na maioria mulheres (56%), de cor da pele branca (72%), procedentes do Rio Grande do Sul (79%), de classe social B (44%) e com média de idade de 22 anos. Sobre MTF, 7% (IC95% 5%–9%) dos estudantes declararam ter usado alguma vez na vida e 51% (IC95% 38%–63%) destes usaram o medicamento nos últimos 12 meses para aumentar a concentração, obter melhor desempenho em provas ou melhorar sua capacidade de estudo. As principais formas de obtenção do medicamento foram por meio de amigos/família (45%) e prescrição médica (38%). Outras fontes foram pela internet (7%), em outro país (3%), ambos sem prescrição médica, e outros meios (7%).
Conclusões/Considerações
Os resultados de prevalência de uso de MTF e principal fonte de obtenção demonstrados por esta pesquisa se assemelham a outros estudos com o mesmo delineamento e população. Por se tratar de um medicamento com potencial de dependência física/psíquica, com importantes reações adversas e cuja venda é controlada, é alarmante que pessoas saudáveis tenham acesso a ele.
|
