Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC18a - Gestão da Assistência farmacêutica

22832 - AVALIAÇÃO DO ACESSO AO TRASTUZUMABE PARA TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO HER-2 HIPEREXPRESSO
PAULA MEDEIROS DO VALLE - IMS/UERJ, CID MANSO DE MELLO VIANNA - IMS/UERJ, GABRIELA GONZALEZ BITTENCOUT MOSEGUI - ISC/UFF, IDOALDO JOSE DE LIMA - ITA

Apresentação/Introdução
O Trastuzumabe é uma terapia biológica incorporada pelo Ministério da Saúde do Brasil para tratamento do câncer de mama metastático HER-2 hiperexpresso em 2012. Embora o acesso universal seja uma das principais diretrizes do Sistema de Saúde Pública do Brasil, estudos recentes demonstraram a existência de limitações em relação à equidade do acesso ao trastuzumabe.


Objetivos
O objetivo deste estudo foi investigar se o acesso a esta tecnologia é apropriado para tratamento de pacientes com câncer de mama metastático HER-2 hiperexpresso no Brasil.


Metodologia
Realizou-se um questionário online, que recebeu respostas de outubro de 2016 a abril de 2017. Profissionais que atuam no atendimento a pacientes com câncer de mama metastático HER-2 hiperexpresso foram o foco da pesquisa. Quarenta e três profissionais informaram a localização do trabalho, setor (público, privado ou ambos) e acesso ao trastuzumabe. Esta pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética (CAE 59076316300005260).



Resultados
Dentre 43 respostas válidas, 9 informaram que trabalham no setor público, 10 no privado e 24 em ambos. No total, 33 relataram trabalhar em público e 34 no setor privado. Observou-se que 17 (51,52%) participantes que trabalham no setor público não têm acesso ao trastuzumabe, enquanto no setor privado, 1 participante (2,94%) relatou a falta de acesso.
Em relação aos que informaram a falta de acesso, 6 (33,3%) trabalham no Nordeste do Brasil, 6 (33,3%) no Sudeste, 2 (11,1%) no Sul, 1 (5,6%) no Centro-Oeste e 3 (16,7 %) não informaram. Onze participantes relataram carência de outra opção tratamento para esses pacientes, enquanto 7 informaram acesso apenas a quimioterapia sem terapia biológica.


Conclusões/Considerações
O trastuzumabe é uma terapia biológica que pode aumentar a sobrevivência global da sobrevida de pacientes com câncer de mama metastático HER-2 por 9 meses, em média. Os resultados do questionário indicam que seu acesso no Brasil ainda é irregular principalmente no setor público, mesmo cinco anos após sua incorporação pelo Ministério da Saúde.

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