28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO18d - Contribuições da epidemiologia de medicamentos |
28123 - POLIFARMÁCIA E USO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS ENTRE IDOSOS DE INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: ANÁLISE TEMPORAL FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, EWERTON HANDERSON FIGUEIREDO DE MEDEIROS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, LIDIANE MARIA DE BRITO MACEDO FERREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, JAVIER JEREZ-ROIG - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, ANA PATRICIA DE QUEIROZ MEDEIROS DANTAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, NIELY ROSANA BRITO SIQUEIRA - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, MARIA ANGELA FERREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, KENIO COSTA LIMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Apresentação/Introdução A elevada prevalência de multimorbidade, especialmente entre idosos em instituições de longa de permanência (ILPI), tem como consequência o aumento do uso de medicamentos. A utilização de múltiplos medicamentos, também conhecida como polifarmácia, está associada ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI), o que representa um aspecto crítico nos cuidados de saúde da população idosa.
Objetivos Avaliar a ocorrência de polifarmácia e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados no período de outubro 2014 a outubro de 2015.
Metodologia Estudo observacional realizado no período de outubro a novembro de 2014. A amostra foi formada por indivíduos de 60 anos ou mais, pertencentes a 10 ILPIs da cidade do Natal/RN, sendo excluídos os hospitalizados ou em processo de cuidados paliativos. A coleta ocorreu em três ondas nos meses de outubro de 2014, abril e outubro de 2015. Os dados foram coletadas dos prontuários disponíveis nas ILPIs, sendo a variável polifarmácia definida como o uso de cinco ou mais medicamentos e para a de MPI foi utilizado à atualização dos critérios de Beers publicado em 2015. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Resultados No período estudado constituíram a linha de base 260 idosos, na primeira e segunda onda participaram respectivamente 237 e 215 idosos. Na avaliação foi observado elevada ocorrência de polifarmácia 46% (n= 124), 54,4% (n=129) e 58,3% (n=126). Já em relação ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados também foi observado elevada ocorrência de MPI, 71,4 % (n=185), 73,8% (n=175), 71,6% (154).
Conclusões/Considerações A ocorrência de polifarmácia e de MPI permaneceu elevada nos três períodos de coleta, sugerindo que são necessárias medidas efetivas para a redução do risco relacionado ao uso de MPI e de polifarmácia. Os achados fornecem informações úteis ao planejamento de programas preventivos que promovam o uso de medicamentos mais seguros.
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