27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO18b - Iniciativas para o acesso a medicamentos no SUS |
23006 - FONTES DE OBTENÇÃO DE MEDICAMENTOS POR PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS USUÁRIOS DO SUS. SAMARA RAMALHO MATTA - IFRJ/ENSP, ANDRÉA DÂMASO BERTOLDI - UFPEL, ISABEL CRISTINA MARTINS EMMERICK - ENSP,FIOCRUZ, ANDRÉIA TURMINA FONTANELLA - UFRGS, KAREN SARMENTO COSTA - UNICAMP, VERA LUCIA LUIZA - ENSP, FIOCRUZ, GRUPO PNAUM - UFRGS
Apresentação/Introdução O uso adequado de medicamentos possibilita o controle de doenças e melhoria da qualidade de vida. O acesso aos medicamentos para doenças crônicas no Brasil pode ser via gratuita - SUS e Programa Farmácia Popular do Brasil - ou via setor privado. Supõem-se diferenças na proporção de uso da farmácia popular, do SUS e privada pelos usuários do SUS com doenças crônicas entre as regiões do país.
Objetivos Identificar as fontes de obtenção de medicamentos utilizadas pelos usuários do SUS com relato de doenças crônicas, caracterizando esta população quanto a variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde nas diferentes regiões do país.
Metodologia Foram analisados dados do inquérito domiciliar da Pesquisa Nacional sobre o Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil. A variável dependente foi a ‘fonte de obtenção de medicamentos’ e cuja associação com variáveis nos domínios demográfico, socioeconômico e estado de saúde foi calculada. Os usuários que obtiveram cuidado e medicamentos unicamente no SUS foram aqui designados como SUS exclusivos. As demais categorias de fontes de obtenção analisadas resultaram da superposição de público-alvo dos mecanismos coexistentes para obter os medicamentos. O teste qui-quadrado de Pearson a nível de significância 5% foi usado para verificar a associação entre as variáveis.
Resultados Na média do país, 39,4% das pessoas obtiveram medicamento exclusivamente no SUS e a utilização da farmácia popular teve a menor expressão. Indivíduos das classes A e B são os que mais utilizam todas as fontes de obtenção (31,8%), já aqueles das classes D e E são os que mais utilizam exclusivamente o SUS (41%). Encontrou-se 42,9%, 41,8% de usuários SUS exclusivos no Sudeste e Sul respectivamente. Houve maior utilização do SUS em relação à farmácia privada nestas regiões. O maior percentual de utilização da fonte SUS-exclusivo foi entre os portadores de hipertensão arterial (41,3%) e de diabetes (42,1%) e o menor foi entre os portadores de doença articular crônica (23%).
Conclusões/Considerações Os usuários do SUS tem como sua fonte primária de medicamentos o próprio SUS, entretanto há uma participação relevante de “todas as fontes”, indicando problemas no acesso dentro do Sistema Único de Saúde. No Sul e Sudeste, a população busca menos a farmácia privada do que no Nordeste e Norte do país para obter medicamentos de uso crônico, possivelmente pelas deficiências na provisão de tais medicamentos pelo SUS nessas regiões.
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