26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO11a - Educacao, beneficios, conflitos e saude |
26859 - A EDUCAÇÃO COMO REMÉDIO: APRENDER A LER COMO UM DISPOSITIVO NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO EM MULHERES IDOSAS USUÁRIAS DO SUS. GEISA MARIA EMILIA LIMA MOREIRA - PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, LUCIA REZENDE VALADARES - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Período de Realização de 06 de Março a 15 de Junho e de 08 de Agosto a 30 de novembro de 2016.
Objeto da Experiência Trata-se de uma experiência realizada no estágio Supervisionado VIII do curso de psicologia da PUC Minas com o SUS/SMS/CSH com Mulheres idosas em depressão.
Objetivos fazer busca ativa no domicílio de 10 mulheres idosas em situação de depressão no SUS, as quais, segundo a equipe de ESF e o diagnóstico da psiquiatra da Unidade Básica de Saúde, estariam em depressão de leve a moderada e estariam tipificadas como casos da saúde mental comum.
Metodologia A experiência realizou-se em dois períodos de 12 encontros cada, com intervalo de 45 dias entre eles. Nos primeiros encontros foram utilizadas, entrevistas e rodas de conversa, com temas diversos trazidos pelas idosas visitadas. Nos 12 encontros posteriores foram realizadas oficinas de estimulação cognitivo-afetiva e oficinas de letramento a pedido de algumas das usuárias. As oficinas foram baseadas na educação popular, APB (aprendizagem baseada em problema), E na psicologia comunitária.
Resultados Ao considerar alguns indicadores para avaliar o resultado da proposta das oficinas:
A capacidade das idosas de interagirem – que aumentou segundo todos os seus relatos. O tamanho e qualidade da rede de relações. Além das amizades no grupo, todas as idosas trouxeram histórias de novos encontros e falavam com entusiasmo. A remoção de pelo menos 5 sintomas clássicos da depressão. O que foi verificado em pelo menos 80% das participantes. E o aumento visível do autocuidado e auto apreciação, em todas.
Análise Crítica Segundo a constituição de 1988 no Capítulo II, Art. 6º, a educação e a saúde são direitos Fundamentais. E hoje entre pessoas 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo chega a 30,7% para idosos pretos ou pardos, segundo o senso de 2016. E, considerando o gênero, as mulheres de 60 anos e mais, apontaram maiores dificuldades de acesso à escola e ao trabalho que os homens. Se o analfabetismo da pessoa idosa sustenta a violação de direitos, Nesta experiência, a educação foi a tecnologia sin-ne qua-non para a saúde.
Conclusões e/ou Recomendações É clara a necessidade de aproximação entre a educação e a saúde. A porta de entrada a idosos tem sido principalmente, pelo SUS e SUAS. Faz-se urgente, que outras políticas sociais abram suas portas, e especialmente a educação, seja assegurada à pessoa Idosa, com metodologia apropriada para o processo de aprendizagem da pessoa idosa. Afinal como disse uma delas, “tanta lei e estatuto para entender, mas sem escola, que ironia, como vamos nos defender?”
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