29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20n - Avaliação e formação em saúde |
24031 - ATIVIDADES FARMACÊUTICAS DE NATUREZA CLÍNICA NA ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL PATRICIA SODRÉ ARAÚJO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB, EDINÁ ALVES COSTA - ISC/UFBA
Apresentação/Introdução A morbimortalidade relacionada aos medicamentos é importante problema de saúde pública com impacto social, clínico, humanístico e econômico. Os principais fatores de risco associados incluem idade, comorbidades e polifarmacoterapia. Intervir neste problema requer ações sobre o processo de uso de medicamentos pelos usuários, desafio importante da agenda atual da assistência farmacêutica no Brasil.
Objetivos Caracterizar as atividades de natureza clínica desenvolvidas nas unidades básicas de saúde do SUS, pelos farmacêuticos e a participação destes em atividades educativas de promoção da saúde.
Metodologia Esse trabalho integra a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) – Serviços, cujo objetivo foi caracterizar a organização dos serviços de assistência farmacêutica na atenção primária à saúde no SUS e identificar e discutir os fatores que interferem na consolidação da assistência farmacêutica no âmbito municipal. Neste estudo, selecionou-se os farmacêuticos entre os responsáveis pela entrega de medicamentos. Estudo descritivo, exploratório, com variáveis selecionadas para caracterizar as atividades farmacêuticas de natureza clínica; seus elementos filosóficos e a participação em atividades educativas/de promoção da saúde.
Resultados Entre os farmacêuticos, 21,3% afirmaram realizar atividades de natureza clínica. A maioria não dispõe de local específico para realizar tais atividades, prejudicando a privacidade e confidencialidade necessárias.
Principais denominações atribuídas às atividades: orientação farmacêutica e atenção farmacêutica.
O registro é feito principalmente em prontuário do usuário, sistema informatizado e documento próprio arquivado na farmácia, que dificulta a circulação das informações entre os profissionais.
A maioria dos farmacêuticos realiza as atividades principalmente em conjunto com médicos e enfermeiros; 24,7% raramente participam de reuniões com a equipe de saúde e 19,7% nunca participou.
Conclusões/Considerações As atividades de natureza clínica realizadas por farmacêuticos no Brasil ainda são incipientes. As dificuldades encontradas apontam improvisação e esforço dos profissionais. A pequena participação em atividades educativas de promoção da saúde indica pouca integração dos farmacêuticos na equipe de saúde e da assistência farmacêutica nas demais ações de saúde, o que pode comprometer a integralidade da atenção à saúde.
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