29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20l - Avaliação das Ações de Controle de Processos Endêmicos |
26027 - DESAFIOS NA ESTRUTURA DE RECURSOS HUMANOS E PROCESSO DE TRABALHO NAS SALAS DE VACINAÇAO DE CAPITAL DA REGIAO SUL RAQUEL JAQUELINE FARION - UFPR, KARIN REGINA LUHM - UFPR
Apresentação/Introdução O sucesso dos programas de imunização, não se restringe à oferta de vacinas com boa eficácia, dependendo também da qualidade do processo de vacinação incluindo estrutura, processo de trabalho e procedimentos técnicos de aplicação de vacinas, além do alcance de coberturas vacinais elevadas e homogêneas. A avaliação dos programas de saúde é essencial para melhorias das intervenções em saúde.
Objetivos Descrever características da estrutura de recursos humanos e processo de trabalho nas salas de vacinação de capital da região sul, identificando aspectos que possam estar interferindo na adequação das atividades de vacinação.
Metodologia Realizou-se uma pesquisa avaliativa realizada em todas as unidades de atenção primaria à saúde (UAPS)no município de Curitiba, O estudo foi realizado no período de março a outubro de 2017.A coleta de dados foi realizada em três etapas, incluindo um roteiro de avaliação da sala de vacinas baseado no questionário do Programa de Avaliação do Instrumento de Supervisão Sala De Vacinação – PAISSV 2004, a observação da estrutura e procedimento técnicos de nas salas de vacinação a coleta de dados secundários. Foi avaliada a estrutura física e de recursos humanos e o processo de trabalho na sala de vacinação.
Resultados Foram avaliadas 109 UAPS das quais 90,7% tem enfermeiro em todos os turnos de trabalho, 89,8% estão com as equipes de enfermagem incompletas e 46,3% tem menos de 40% da equipe de sala de vacina capacitada. Com relação ao horário de funcionamento da sala de vacina, em 19,7% a sala de vacina funciona além do horário comercial, porém 63,9% das salas de vacina não funciona no horário integral da unidade. Quanto ao processo de trabalho 70,4% das unidades tem a escala rotativa sendo que a periodicidade de troca mensal a que predomina (46,3%). Quanto à frequência do enfermeiro em sala de vacina, 49,1% dos entrevistados relatam que o enfermeiro está presente somente quando necessário.
Conclusões/Considerações Embora exista boa cobertura nas UAPS há baixa inserção dos enfermeiros nas atividades de vacinação. Observa-se a necessidade de avanços no processo de capacitação em sala de vacinação no município, principalmente considerando-se a rotatividade da equipe de enfermagem. Destaca-se ainda possíveis dificuldades no acesso a população em decorrência de limitações no horário das salas de vacinação.
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