29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC20l - Avaliação das Ações de Controle de Processos Endêmicos |
23956 - TRANSFERÊNCIA DA POLÍTICA DE TRATAMENTO DA TUBERCULOSE: AVALIAÇÃO SEGUNDO PROFISSIONAIS DE SAÚDE
LAÍS MARA CAETANO DA SILVA - UFSM, ANA CAROLINA SCARPEL MONCAIO - UFAM, JAQUELINE GARCIA DE ALMEIDA BALLESTERO - UNIARA, MÔNICA CRISTINA RIBEIRO ALEXANDRE D‘AURIA DE LIMA - EERP-USP, FERNANDO MITANO - EERP-USP, LUCIANA DE OLIVEIRA SOUSA - EERP-USP, AMÉLIA NUNES SICSÚ - UEA, NORIZA - EERP-USP, PEDRO FREDEMIR PALHA - EERP-USP
Apresentação/Introdução
A tuberculose (TB) segue como problema de saúde púbica, relacionada às questões políticas e sociais. Segundo a Política “Brasil Livre da Tuberculose” de 2017, o Tratamento Diretamente Observado (TDO) permanece um promotor de adesão ao tratamento. Assim, é relevante avaliar como os profissionais de saúde do campo assistencial recebem essa prática, à luz do referencial da Transferência de Políticas.
Objetivos
Avaliar o processo de transferência do TDO, enquanto componente da política de controle da TB, das diferentes esferas de gestão para os serviços de saúde, segundo a perspectiva de profissionais de saúde de nível médio e superior.
Metodologia
Estudo descritivo, transversal, realizado em João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Ribeirão Preto (SP). Participaram 401 profissionais. A coleta ocorreu em 2015, com o instrumento ATP-IINFOC-TB, validado, que busca avaliar os aspectos envolvidos na transferência do TDO. Os dados foram organizados no Excel e importados para o Statistica 13.1, onde ocorreu a análise por meio de estatística descritiva e coeficiente de correlação de Pearson, verificando a associação das variáveis sociodemográficas à avaliação da transferência do TDO. Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EERP-USP e do Grupo Hospitalar Conceição (CAAE nº 01197312.3.0000.5393 e 01649012.9.0000.5530).
Resultados
Os participantes foram predominantemente mulheres (83,3%), com média de 43,3 anos de idade e 11,7 anos de trabalho. Classificou-se os 39 escores como favoráveis (4,0 a 5,0), regulares (3,0 a 3,9) ou desfavoráveis (1 a 2,9). 15 foram favoráveis, sendo predominantemente relacionados ao conhecimento teórico do TDO. 17 regulares, relacionados à motivação profissional, sensibilização de equipes, recursos humanos e participação da pessoa com TB no tratamento. Por fim, seis foram desfavoráveis, relacionados à infraestrutura, utilização de recursos comunitários e participação popular. A variável tempo de serviço apresentou forte correlação com a avaliação acerca da TP do TDO (p=0,001).
Conclusões/Considerações
Identificou-se fragilidade na transposição do conhecimento teórico para a prática, evidenciando a necessidade de ações motivadoras e compartilhadas, que incluam profissionais de saúde como protagonistas no processo de cuidar da pessoa com TB. Sugere-se iniciativas baseadas na perspectiva da cogestão, com vistas a superar o enfoque curativista, colocando as pessoas com TB enquanto parceiras na elaboração do projeto terapêutico singular.
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