29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20l - Avaliação das Ações de Controle de Processos Endêmicos |
21764 - RECEPTIVIDADE À VACINA CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA LÍDIA ESTER LOPES DA SILVA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, UNB, MARIA LIZ CUNHA DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA, UCB, DAYANI GALATO - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, UNB
Apresentação/Introdução A vacina contra o Papilomavírus consiste em uma importante intervenção preconizada no Brasil e em diversos países que, embora evidencie bons resultados, tem gerado muitas controvérsias em relação às vantagens e desvantagens do uso, situação que repercute na aceitação e consequentemente na adesão à vacina, resultando em desafios aos sistemas de saúde na obtenção de coberturas vacinais adequadas.
Objetivos Este estudo tem por objetivo caracterizar a receptividade, compreendida como a aceitação e a adesão à vacina anti-HPV, bem como os fatores relacionados a este comportamento tendo por base experiências internacionais já documentadas.
Metodologia Trata-se de uma revisão sistemática conforme o protocolo PRISMA versão 2015, a partir da pergunta “Como a literatura evidencia a aceitação e a adesão à vacina anti-HPV por crianças e/ou adolescentes?” Incluiu-se estudos originais a partir de artigos da Medline® publicados entre 2006 e 2017, baseado nos descritores “vacina”, “papilomavírus”, “aceitação”, “adesão” e suas variações. Os trabalhos foram avaliados quanto à identificação do artigo, à tipificação metodológica, à caracterização da amostra e a descrição do conteúdo. As análises foram executadas no Microsoft Excel 2016, tendo a busca, a leitura dos artigos e a síntese das considerações sido realizadas em Janeiro de 2018.
Resultados Foram encontrados 128 artigos, sendo nove selecionados para análise. A maior parte dos artigos caracterizavam-se como estudos transversais, realizadas com adolescentes não vacinadas as quais evidenciaram uma heterogênea, porém favorável, receptividade à vacina, sendo um fato preocupante a maior aceitação do que a adesão em si. Foram identificados 11 facilitadores e 08 barreiras alusivas ao fenômeno, sendo o conhecimento o principal fator relacionado. Observou-se a inexistência de um método específico o qual avalie a temática receptividade à vacina anti-HPV, bem como de conceitos precisos relacionados à aceitação e à adesão, sendo construídas tais definições a partir deste estudo.
Conclusões/Considerações Apesar da favorável receptividade à vacina - que foi influenciada por diversos preditores, dentre eles o conhecimento relativo ao tema - é preciso reforçar práticas educativas em saúde visando aumentar a receptividade, principalmente a adesão, e assim contribuir a adequadas coberturas vacinais, além de construir ferramentas que melhor mensurem o fenômeno e esclareçam o papel dos fatores presentes.
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