29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20k - Avaliação e Qualidade em Saúde |
21734 - IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE MANCHESTER EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO THIAGO MARCHI SACOMAN - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP, DANIEL GOMES MONTEIRO BELTRAMMI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP, ROSEMARIE ANDREAZZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP, LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CECÍLIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP, ADEMAR ARTHUR CHIORO DOS REIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
Apresentação/Introdução Os Serviços de Emergência Hospitalares são utilizados pelos usuários como uma das principais portas de entrada nos sistemas de saúde. Sua superlotação tem sido um desafio aos gestores da saúde. A reorganização das portas de entrada tornou-se primordial e a classificação de risco Manchester tem se mostrado um dispositivo importante para a gestão da assistência nesses serviços
Objetivos Relatar e analisar a experiência de implantação deste dispositivo nos serviços de urgência - SU de um município da região metropolitana de São Paulo, apontando os desafios enfrentados e os que surgem a partir da utilização deste arranjo tecnológico
Metodologia Estudo do tipo quanti-quali, no qual produz-se uma narrativa sobre a experiência da implantação desta tecnologia escrita pelos próprios atores responsáveis pela implantação. Há ainda a utilização de dados secundários dos serviços para construção de indicadores para captar possíveis mudanças nos processos de trabalho dos serviços a partir da implantação do dispositivo. Para tanto, foram mensurados procedimentos de enfermagem do SIASUS, relacionados ao acolhimento e classificação de risco, como sinalizadores do novo modelo de cuidado, tomando os anos de 2014 e 2016 como base de comparação para os referidos procedimentos
Resultados Na análise quanti dos procedimentos, a consulta de enfermagem e mensuração da glicemia apresentaram ampliação de 285% e 54%, respectivamente. Para o procedimento “aferição de pressão arterial”, reduziu-se 42%. O protocolo anterior permitia coleta de sinas vitais que não agregava maior segurança e priorização clínica. Nota-se um maior protagonismo do enfermeiro no atendimento das urgências, repercutindo nas relações interprofissionais e nos arranjos de poder do SU. Ao mesmo tempo que o protocolo amplia a segurança clínica para ambos lados da relação equipe de saúde/usuário, o mesmo é capaz de mecanizar essa relação, reduzindo a potência da equipe frente às diversidades nos SU
Conclusões/Considerações A implantação da Classificação de Risco Manchester foi capaz de produzir benefícios relacionados diretamente à reorganização dos fluxos e dos processos de trabalho das portas de entrada dos SU. O novo processo também lançou aos gestores novos desafios na dimensão técnico assistencial da produção do cuidado integral e na dimensão da autonomia do trabalho das diferentes profissões das equipes de saúde dos SU
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