29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20k - Avaliação e Qualidade em Saúde |
21567 - A CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE: REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE CARACTERÍSTICAS DAS DIMENSÕES AVALIADAS PELO HOSPITAL SURVEY ON PATIENT SAFETY CULTURE CLAUDIA TARTAGLIA REIS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CATAGUASES MG, SOFIA GUERRA PAIVA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, PAULO SOUSA - CENTRO DE INVESTIGAÇÃO DA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
Apresentação/Introdução A avaliação da cultura de segurança em hospitais vem sendo utilizada como uma ferramenta de gestão, encorajada pelos gestores e formuladores de políticas de saúde em diversos países no mundo. Conhecer as fragilidades e fortalezas da cultura de segurança no âmbito hospitalar possibilita o planejamento e implementação de ações de melhoria da qualidade do cuidado ao paciente hospitalizado.
Objetivos Identificar estudos que utilizaram o HSOPSC para coletar dados sobre cultura de segurança em hospitais; conhecer os resultados obtidos nas dimensões da cultura de segurança e possíveis contribuições para melhoria da qualidade e segurança da atenção hospitalar.
Metodologia Uma revisão sistemática da literatura norteada por protocolo registrado no PROSPERO sob o nº 47865 foi realizada. Estudos foram identificados usando termos de busca e critérios de inclusão específicos. Foram pesquisadas as bases Medline (via PubMed) Web of Science e Scopus no período entre 2005 a 2016 em Inglês, Português e Espanhol. Adicionalmente, consultamos a Research Reference List disponibilizada no site da Agency for Healt Research and Quality (AHRQ) contendo artigos que utilizaram o HSOPSC; escrutinamos as referências citadas nos artigos. Foram extraídos os escores das dimensões da cultura de segurança do paciente. A qualidade dos estudos foi avaliada pelo STROBE Statement.
Resultados Um total de 824 títulos foi selecionado para leitura; percorrida as etapas de seleção, 33 artigos provenientes de 21 países de graus diversos de desenvolvimento foram incluídos; os estudos foram publicados entre 2006 a 2016, nos idiomas Inglês e Espanhol e com participação majoritária de profissionais de enfermagem. As dimensões que se mostraram mais fortalecidas foram “Trabalho em equipe dentro da unidade” e “Aprendizado organizacional – melhoria contínua”; como dimensões fragilizadas destacaram-se: “Respostas não punitivas aos erros”, “Adequação de Pessoal”, “Problemas nas passagens de plantão ou de turno” e “Trabalho em equipe entre as unidades”.
Conclusões/Considerações Os estudos revelaram a predominância de culturas organizacionais hospitalares pouco desenvolvidas ou fragilizadas com relação à segurança do paciente. Para que seja efetiva, a avaliação da cultura de segurança deve estar atrelada às estratégias que visem o seu desenvolvimento no âmbito hospitalar e seus resultados constituem uma base de conhecimento para desencadear ações de melhoria especificas.
|