28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC20i - Avaliação na Atenção Primária em Saúde e a Intersetorialidade |
22027 - ASSOCIAÇÕES GEOESPACIAIS ENTRE A INFECÇÃO POR VÍRUS ZIKA E MICROCEFALIA: UMA ANÁLISE BASEADA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
THIAGO AUGUSTO HERNANDES ROCHA - UFMG, NÚBIA CRISTINA DA SILVA - UFMG, ERIKA BÁRBARA ABREU FONSECA THOMAZ - UFMA, REJANE CHRISTINE QUEIROZ - UFMA, PEDRO VASCONCELOS MAIA AMARAL - UFMG, ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA - UFMA, CATHERINE ANN STATON - DUKE UNIVERSITY, JOÃO RICARDO NICKENIG VISSOCI - DUKE UNIVERSITY
Apresentação/Introdução
Embora a epidemia de ZIKV tenha deixado de ser uma emergência de saúde pública estudos ainda precisam ser conduzidos para melhorar o conhecimento sobre esta doença emergente, especialmente devido a alguma evidência de uma relação causal entre ZIKV em mulheres grávidas e microcefalia em neonatos. No entanto, ainda há muitos desafios para descrever a relação entre ZIKV e microcefalia.
Objetivos
Este estudo buscou examinar a associação geoespacial entre ZIKV e microcefalia no Brasil, para estabelecer possíveis correlações e relações de dependência espacial.
Metodologia
O presente estudo se configura como ecológico e retrospectivo, baseado em bancos de dados secundários. A unidade de análise era o município. Os dados foram obtidos de janeiro a dezembro de 2016, em diferentes fontes de dados: Sistema Brasileiro de Vigilância Epidemiológica, Sistema de Notificação de Doenças, Sistema de Apoio ao Gerenciamento Especializado e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As taxas de incidência foram estimadas por 100.000 habitantes. A análise de correlação espacial foi utilizada para identificar possíveis relações espaciais entre ZIKV e microcefalia.
Resultados
A incidência de novos casos de ZIKV está mudando sua mudança de padrão espacial da região Nordeste para região Centro-Oeste e Norte do Brasil. O número de municípios localizados em clusters de incidência de microcefalia também está mudando da região Nordeste para o Centro-Oeste e Norte, após um intervalo de tempo considerado. Nossos resultados sugerem que parece ser um aumento na incidência de microcefalia nas regiões Centro-Oeste e Norte, associado aos altos níveis de ZIKV meses anteriores.
Conclusões/Considerações
As descobertas do presente trabalho apontam para uma relação entre o aumento da infecção por ZIKV com crescimento nos casos de microcefalia, aproximadamente, após três meses de diferença temporal. Além disso foi possível evidenciar uma migração de casos da região Nordeste para o Centro-Oeste.
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