27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20e - Avaliação da Atenção pré-Natal no Brasil |
26896 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO DO MUNICÍPIO DE PELOTAS-RS, DE 2008 A 2013. DEISI CARDOSO SOARES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, KARLA MACHADO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, BRUNO NUNES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LUCIANA FARIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, DANIELE LUERSEN - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ANDRESSA KRUGER - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, SIDNEIA CASARIN - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LOURIELE SOARES WACHS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ELAINE THUMÉ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Apresentação/Introdução A mortalidade infantil é um dos indicadores de desenvolvimento humano e reflexo das condições de vida e saúde de uma população. No intuito de reduzir este indicador, o monitoramento e a vigilância de risco ao nascer têm como proposta identificar precocemente os recém-nascidos vulneráveis e priorizar o atendimento e acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento.
Objetivos Avaliar o programa de vigilância de recém-nascido de risco Prá-Nenê. Identificar a cobertura e a distribuição proporcional de acordo com os critérios do Programa. Comparar as causas e os componentes da mortalidade.
Metodologia Estudo de coorte retrospectiva. As fontes de dados: questionários aplicados às puérperas nas maternidades do município no período de 2008 a 2013, os bancos de dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. As análises foram realizadas no programa Stata 12.0. Na análise da distribuição de risco, foi utilizada a estatística descritiva e analítica por meio da regressão de Poisson. Para a análise de sobrevivência, foi utilizado o método de Kaplan-Meier e a regressão de Cox. As causas dos óbitos foram avaliadas de acordo com a lista brasileira de causas de morte evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde em menores de cinco anos.
Resultados A prevalência de risco foi 15,4%, e os principais fatores de risco para inclusão no Programa Prá-Nenê foram: prematuridade (53,3%), baixo peso (45,5%) e internação ao nascer (55,7%). Foram registrados 342 óbitos, 78% destes haviam sido identificados como de risco ao nascer. Metade das crianças morreram no período neonatal precoce e 77% dos óbitos ocorreram por causas evitáveis. Destes, 57% deles foram classificados no grupo de causas reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação, no parto, ao feto e ao recém-nascido. As causas reduzíveis por atenção à mulher na gestação representaram 54,3%, das quais 32,1% foram por prematuridade e baixo peso.
Conclusões/Considerações A maioria dos critérios de risco é passível de ser reduzida com uma atenção primária efetiva e um manejo adequado no parto e pós-parto, apontando a importância de um pré-natal de qualidade por parte das equipes de atenção primária à saúde e da rede de atenção ambulatorial e hospitalar. Sugere-se reforçar o monitoramento de risco durante a gestação num trabalho articulado com as equipes da atenção básica e com a proposta da Rede Cegonha.
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