27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20d - Avaliação das Ações das Doenças Crônicas Não Transmissíveis |
29070 - QUALIDADE DO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO NO BRASIL: AVALIAÇÃO EXTERNA DO PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA (PMAQ) MARA REJANE - UFES, RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA - UFES, ELAINE TOMASI - UFPEL, BRUNO PEREIRA NUNES - UFPEL, SUELE MANJOURANY SILVA DURO - UFPEL, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UFPEL
Apresentação/Introdução O câncer de colo uterino é um importante problema de saúde pública, sendo o terceiro mais frequente e a quarta causa de mortalidade de mulheres no Brasil, com uma incidência anual de 16.340 casos, risco estimado de 15,85 casos por 100.000 mulheres e uma taxa de mortalidade de 4,86 casos por 100.000 mulheres. O rastreamento do câncer de colo uterino ganha relevância.
Objetivos Analisar se as variáveis demográficas, socioeconômicas e da organização dos serviços estão associadas à qualidade do rastreamento do câncer de colo uterino.
Metodologia Inquérito realizado em serviços de saúde das cinco regiões brasileiras em 2012.
A amostra foi composta por usuárias de unidades básicas de saúde participantes do PMAQ. As variáveis independentes analisadas foram: características socioeconômicas (contexto municipal); características demográficas (perfilde usuárias); e dois domínios relativos à organização dos serviços básicos (estrutura e processode trabalho). A baixa qualidade do rastreamento foi avaliada por meio da falta de acesso, atraso na realização do exame e falta de recebimento de orientações. Análises bruta e ajustada por meio de regressão de Poisson avaliaram a associação entre os desfechos e as variáveis independentes.
Resultados A falta de acesso, atraso na realização do exame e falta de recebimento de
orientações foram de 6,7%, 11,2% e 19,2%, respectivamente. Estes foram menores de acordo com o aumento do IDH-M e da renda familiar per capita, aumentando com o porte populacional e a cobertura municipal da Estratégia Saúde da Família. A região Centro-Oeste do país apresentou as maiores ocorrências dos desfechos de baixa qualidade. As mulheres de raça indígena e amarela tiveram as maiores prevalências dos desfechos. As mulheres com companheiro, que recebiam o benefício do Programa Bolsa Família e tinham trabalho remunerado tiveram menos falta de acesso, menos atraso na realização do exame e menos falta de orientações.
Conclusões/Considerações O processo de trabalho adequado nos serviços de saúde diminuiu a probabilidade de baixa qualidade em todos os indicadores. Investimentos em processo de trabalho das equipes de saúde, programas sociais de transferência de renda e condições sociais da população são essenciais
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