27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC20d - Avaliação das Ações das Doenças Crônicas Não Transmissíveis |
24232 - AÇÕES DE CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA ATENÇÃO BÁSICA, REGIÃO DE SAÚDE METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO: O QUE MOSTRAM OS RESULTADOS DO PMAQ?
CESAR LUIZ SILVA JUNIOR - UFF, ESTER MONTEIRO ACYLINO - UFF, PATTY FIDELIS DE ALMEIDA - UFF
Apresentação/Introdução
O Câncer de Colo de Útero (CCU) se destaca pela importância epidemiológica e social, sendo uma das neoplasias com maior incidência e maiores taxas de mortalidade entre as mulheres, embora seja uma doença evitável e sensível às ações da Atenção Primária à Saúde. Neste sentido, a análise dos resultados do PMAQ-AB possibilita o diagnóstico e planejamento das ações de controle do CCU.
Objetivos
Analisar a adequação da estrutura, do processo de trabalho das equipes e a percepção dos usuários sobre as ações de controle do CCU na região de saúde Metropolitana II, estado do Rio de Janeiro.
Metodologia
Foram analisados resultados da avaliação externa do PMAQ (2º ciclo), 2013/2014, considerando questões referentes ao controle do câncer de colo de útero, presentes nos módulos I (estrutura das unidades; n=222), II (processo de trabalho das equipes e organização do serviço; n=341) e III (satisfação e percepção dos usuários; n=1062), em Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Região de Saúde Metropolitana II do estado do Rio de Janeiro, composta pelos municípios de Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá.
Resultados
95% das UBS apresentavam mesa e foco de luz para exame ginecológico, espéculos descartáveis, escovinhas endocervicais e fixadores de lâmina. Somente 59% das equipes possuíam registro das mulheres elegíveis para exame de CCU. As equipes realizavam busca ativa em situações de CCU (59%) e de mulheres com citopatológico atrasado (66%). Sobre as ações de promoção, 72% eram direcionadas aos temas do CCU e Câncer de Mama. 76% das usuárias relataram que foram orientadas sobre a importância e periodicidade do preventivo. 59% afirmaram ter realizado o exame nos últimos 12 meses e 5,3% nunca o fizeram. Quanto ao tempo de espera para o resultado, 35% relataram 30 dias e 10% mais de 90 dias.
Conclusões/Considerações
Os resultados do PMAQ demonstram que o rastreamento do CCU ainda não se caracteriza pela organização das ações para atender ao conjunto das mulheres. É preocupante que entrevistadas dentro de UBS nunca tenham realizado o citopatológico e que o acesso aos resultados seja maior que 30 dias. Ainda que pequeno o percentual de UBS sem insumos básicos para realização do preventivo, destaca-se que esta é uma ação indispensável a ser realizada pela APS.
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