27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC20b - Avaliação do apoio Institucional no SUS |
22810 - ATENÇÃO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (PCD): PRÁTICAS EXERCIDAS POR SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA NO ESTADO DE SÃO PAULO SEGUNDO A AVALIAÇÃO PELO QUALIAB THAIS FERNANDA TORTORELLI ZARILI - UNESP, ELEN ROSE LODEIRO CASTANHEIRA - UNESP, LUCEIME OLIVIA NUNES - UNESP, CAROLINA SIQUEIRA MENDONÇA - UNESP, PATRÍCIA RODRIGUES SANINE - UNESP, NÁDIA PLACIDELI - UNESP, JOSIANE FERNANDES LOZIGIA CARRAPATO - UNESP, DINAIR FERREIRA MACHADO - UNESP, JOSÉ FERNANDO CASQUEL MONTI - UFSCAR, MARIA INÊS BATTISTELLA NEMES - USP
Apresentação/Introdução O objeto de estudo é a organização de serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) quanto às ações para atenção a pessoas com deficiência (PCD), enquanto sujeitos de direitos para um viver saudável. Analisa-se as especificidades do cuidado e estratégias de prevenção e diagnóstico para atenção integral a PCD, nos limites desse nível de atenção, orientado para um trabalho em rede.
Objetivos Descrever as ações desenvolvidas na APS para atenção a pessoas com deficiência no estado de São Paulo para a prevenção, detecção e assistência à deficiência.
Metodologia Estudo exploratório de corte transversal, descritivo, com uso de 14 variáveis selecionadas do Questionário de Avaliação da Qualidade de Serviços de Atenção Básica (QualiAB) que se referem à estrutura e atenção ofertada a PCD. O QualiAB foi aplicado por sistema online em serviços de APS entre maio de 2017 a janeiro de 2018 no estado de São Paulo. Participaram da pesquisa 2735 serviços de APS de 514 municípios paulistas, sendo 45,7% unidades de saúde da família, 51,4% unidades básicas tradicionais, e 5,5% outro modelo. A análise baseia-se nas frequências das respostas relativas à organização da atenção a PCD entre os serviços participantes.
Resultados Possuem banheiro adaptado 67,6%. Realizam diagnóstico e encaminhamento para outros níveis 80,1%; orientação para cuidadores 77,9%; visitas domiciliares periódicas com apoio de equipe multiprofissional 51,1% e com médico e/ou enfermeiro 69,3%; articulação com a rede e instituições 43,1%; orientações quanto a direitos sociais 46%; vigilância e atenção ao uso de álcool e outras drogas 33,4%; ações para saúde sexual e reprodutiva 35,9%; vigilância e atenção em casos de violência 41,4%; assistência odontológica 58% quando possível realização na unidade; capacitação da equipe 36,5%; detecção, suporte e acompanhamento para as situações de violência 35,8%; não realizam atenção a PCD 4,9%.
Conclusões/Considerações Os serviços de APS analisados limitam-se ao encaminhamento das PCD e à atenção aos cuidadores. O olhar sobre a deficiência deve basear-se nas necessidades de cada sujeito, considerando o ambiente e estrutura social em que o indivíduo se insere, incorporando políticas públicas para as PCD. Os serviços de saúde devem compor a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência pautando suas ações na integração entre os serviços e na integralidade do cuidado.
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