28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO20l - Avaliação das ações de TB/HIV |
23168 - AVALIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DO TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO DA TUBERCULOSE EM SERVIÇOS AMBULATORIAIS DE REFERÊNCIA DO SUS: QUESTIONÁRIO QUALITB, 2017 CAROLINA SIMONE SOUZA ADANIA - FMUSP, ANA PAULA LOCH - FMUSP, ANA MAROSO ALVES - FMUSP, MARCELA SOARES SILVEIRA LIMA - FMUSP, ALINE APARECIDA MONROE - EERPUSP, GABRIEL DE JESUS LIMA - FMUSP, SUMIRE SAKABE - CRT DST/AIDS-SP, LIVIA MARIA LOPES - EERPUSP, JOSELITA MARIA CARACIOLO - CRT DST/AIDS- SP, ANA CRISTINA ARANTES NASSER - FMUSP, FERNANDA DOCKHORN COSTA JOHANSEN - MS- PNCT, MARIA INES BATTISTELLA NEMES - FMUSP
Apresentação/Introdução Os serviços de referência em tuberculose são responsáveis pelo tratamento de pacientes que portam algum grau de resistência e/ou apresentam graves efeitos adversos aos medicamentos de primeira linha. Exercem, assim, relevante papel clínico e epidemiológico na endemia. O tratamento diretamente observado tem se mostrado efetivo na diminuição do abandono de tratamento em diversos cenários de cuidado.
Objetivos Avaliar as ações relacionadas ao Tratamento Diretamente Observado (TDO) realizadas pelos serviços de referência secundária e terciária para tuberculose (TB) do Sistema Único de Saúde em 2017.
Metodologia Entre 2013 e 2015, a equipe QualiTB desenvolveu um questionário de avaliação da qualidade organizacional para os serviços de referência secundária e terciária de tuberculose. O questionário QualiTB, respondido por toda a equipe técnica dos serviços, contém 98 questões cujas respostas são indicadoras da qualidade organizacional, agrupadas nas dimensões: organização do processo da assistência, disponibilidade de recursos e gerenciamento técnico do trabalho. Todos os serviços de referência de tuberculose cadastrados no Ministério da Saúde em 2016 (359) foram convidados a responder o Questionário QualiTB. Para o presente estudo, selecionamos as respostas dos serviços relacionadas ao TDO.
Resultados Responderam ao QualiTB 219 serviços (61%). Destes, 104 (47,5%) realizam a administração do TDO conforme horário e local acordado com o paciente; 112 (51,1%) realizam o TDO mais de três vezes por semana durante todo o tratamento; 91 (41,6%) buscam estratégias para administrar o TDO no local de moradia de grupos mais vulneráveis; 140 (63,9%) trabalham em parceria com serviços de atenção básica (AB) para administração e monitoramento da adesão ao TDO; 110 (50,2%) convocam os pacientes faltosos ao TDO e informam à vigilância epidemiológica quando não encontram o paciente. A realização simultânea de todas estas práticas foi relatada por 32 serviços (14,6%).
Conclusões/Considerações Há insuficiência na organização do TDO em cerca de metade dos serviços de referência em TB, que assistem, em grande parte, justamente a grupos que potencialmente mais se beneficiariam do TDO tanto pela alta vulnerabilidade social, como pelo potencial de transmissão de bacilos resistentes. Chama à atenção que apenas 64% relata parcerias com serviços de AB, revelando também a insuficiência na coordenação das redes locais de serviços do SUS.
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