27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO20g - Avaliação da atenção à saúde |
23536 - AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DE SERVIÇOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
JOSUÉ SOUZA GLERIANO - USP/UNEMAT, ALEXANDRE PEREIRA DE ANDRADE - SMS DE TANGARÁ DA SERRA/UNISANTA, ITAMAR MARTINS BONFIM - SMS DE TANGARÁ DA SERRA, THAIS NAYARA SOARES PEREIRA - UNEMAT, ANA CARLA PICALHO - UNEMAT, ANDREA PARADELO RIBEIRO - UNEMAT, CLAUDIA SOUZA PEIXOTO - UNEMAT/UFMT, LAIZZA CRISTINA DA SILVA SIQUEIRA VENTURA - UNEMAT, VERÔNICA MODOLO TEIXEIRA - USP, LUCIELI DIAS PEDRESCHI CHAVES - USP
Apresentação/Introdução
A rápida ampliação dos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente oportunizada pelo Programa Mais Médicos (PMM), tem sido associada a vários desfechos e neste cenário, com maior investimento financeiro na ampliação, torna-se imprescindível avaliar para identificar onde a rede ainda precisa ser ampliada e quais as adequações necessárias à estrutura já existente.
Objetivos
Este trabalho objetivou avaliar a adequabilidade dos elementos da estrutura física de unidades de saúde da APS.
Metodologia
Estudo de avaliação de delineamento transversal com ênfase na adequação da estrutura nos serviços de APS em Tangará da Serra. O município possui 27 equipes de saúde da família distribuídas em 20 unidades na rede de ampliação recente com 100% de cobertura de atenção básica. Participaram do estudo todos os coordenadores das UBS. Os dados foram coletados em agosto/2016, por meio de entrevista guiada por roteiro abordando características estruturais recomendadas pela Política Nacional de Atenção Básica (2011) e o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde, ambas do Ministério da Saúde (MS). Os dados foram agrupados em planilhas de Excel e procedeu-se a análise descritiva.
Resultados
As unidades têm território definido, 35% não possuíam equipe completa e 70% dos profissionais sem especialização para APS. Todas apresentaram algum tipo de não conformidade, a saber: 90% sem sala de educação em saúde; 90% sem corredores com espaço para cadeiras de rodas; 70% sem rampas de acesso, 50% sem sala de observação; 40% sem sala de coleta de exames; 20% não havia sala de espera para 15 cadeiras; 10% sem sanitários para pessoas com deficiência; 10% sem sala de procedimentos; 10% atendiam mais de 5 mil habitantes. A taxa de ociosidade de consultórios foi de 0,78; 82% dos coordenadores negavam avaliação da satisfação do usuário e 80% consideravam o sistema de contrarreferência ruim.
Conclusões/Considerações
As estruturas estão aquém do desejado para um sistema de saúde universal, igualitário, orientado para a APS. É fundamental a avaliação e a integração da gestão com os dados para a tomada de decisão, além do olhar crítico na seleção ou investimento na formação profissional para a APS, bem como modernização do sistema de referência e contrarreferência para favorecer a integralidade.
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