27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO20f - Avaliação de Ações das Doenças Crônicas Não Transmissíveis |
23751 - ANÁLISE DOS CUSTOS DIRETOS DA ASSISTÊNCIA ONCOLÓGICA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE AGNER PEREIRA LANA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, JULIAN PERELMAN - UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, PORTUGAL, ELI IOLA GURGEL ANDRADE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, AFONSO AUGUSTO GUERRA JUNIOR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, FRANCISCO DE ASSIS ACÚRCIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, FELIPE FERRÉ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, MARIÂNGELA LEAL CHERCHIGLIA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Apresentação/Introdução Os gastos em saúde podem representar uma importante parcela dos investimentos governamentais, principalmente nos países em que o sistema de saúde é universal. Tendo em vista a ampliação dos gastos nos últimos anos, sobretudo na assistência oncológica, cresce a necessidade de avaliações econômicas para orientar a tomada de decisão e formulação de políticas públicas.
Objetivos Avaliar os custos diretos da assistência oncológica no âmbito do Sistema Único de Saúde, entre 2001 e 2014.
Metodologia Trata-se de um estudo de custo da doença, realizado a partir da Base Nacional em Oncologia, coorte histórica de pacientes oncológicos obtida por pareamento determinístico-probabilístico de dados provenientes do DataSUS. A população foi composta por pacientes diagnosticados com câncer de próstata, mama, estômago, cólon e reto, colo do útero e pulmão. Foram incluídos todos os custos diretos relacionados a diagnóstico, quimioterapia, radioterapia, cirurgia, medicamentos e outros procedimentos. Os valores obtidos foram corrigidos pelo IPCA registrado em dez/2015. Foram elaboradas séries históricas dos custos diretos observados de acordo com variáveis de interesse.
Resultados Foram incluídos no estudo 1.546.173 pacientes, distribuídos entre câncer de mama (32,5%), próstata (32,5%), colo do útero (17,9%), cólon e reto (17,9%), estômago (7%) e pulmão (6,3%). O maior custo médio anual foi atribuído ao paciente de câncer cólon e reto (R$ 7.524,64), seguido do câncer de pulmão (R$ 6.926,67) e estômago (R$ 6.020,54). Em relação ao total dos custos diretos, a maior parcela destinou-se à quimioterapia (R$ 10,3 bilhões), enquanto o montante direcionado a diagnóstico foi de R$ 623,2 milhões no mesmo período, valor que representou apenas 3,5% do total destinado à assistência oncológica.
Conclusões/Considerações Verificou-se que, entre 2001 e 2014, os recursos destinados à assistência oncológica cresceram 440%. Entretanto, no mesmo período, o número de pacientes subiu quase na mesma proporção (410%). Avaliando o custo médio anual por paciente, observou-se um crescimento discreto no período em estudo. Desta forma, sugere-se que não houve uma ampliação realmente significativa dos valores investidos na assistência oncológica.
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