26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO20b - Avaliação do acesso e regulação |
27483 - O IMPACTO DA FILA DE ESPERA NA PROBABILIDADE DE ABSENTEÍSMO EM EXAMES E CONSULTAS REGULADOS. CLAUDIA DE LIMA RODRIGUES SOUZA - UFPE, ÚRSULA BEATRIZ GALVÃO SIQUEIRA - UFPE, BRENDA FERNANDA GUEDES - UFPE, IVALDO DANTAS FRANÇA - UFPE, CARLOS RENATO DOS SANTOS - UFPE, RONALD PEREIRA CAVALCANTI - UFPE
Apresentação/Introdução A regulação assistencial é uma função do sistema de saúde destacado por seu ordenamento da rede de serviços e de gerenciamento do fluxo do usuário para o acesso aos procedimentos. Algumas consultas e exames possuem filas de espera e devem ser monitoradas pelas regulações assistenciais para promover melhor resposta aos usuários e reduzir os custos, devido aos absenteísmos (falta do usuário).
Objetivos Analisar o impacto de fatores, principalmente o tempo de espera de consultas e exames no absenteísmo.
Metodologia É um estudo quantitativo dos serviços de saúde regulados da cidade de Caruaru (PE), no período de 2015-2016, por meio de 108.468 solicitações de consultas (71,1%) e exames (28,9%). Calculou-se a probabilidade de absenteísmo por meio de regressão logística, com variáveis independentes: o tempo espera em dias (=<15, 16-30, 31-60 e >60), a faixa etária (<20, 21-40, 41-60 e >60) e o tipo de demanda (exame ou consulta). Os parâmetros para cada categoria das variáveis independentes foram significativos na estimação da probabilidade. Excluíram-se os dados que aguardavam agendamento, pendente de confirmação de realização, ausência de informação e as cirurgias. Parecer do CEP/CCS/UFPE nº 2.045.261.
Resultados De modo geral, tanto para consultas quanto exames, procedimentos com no máximo 60 dias de espera apresentaram as menores probabilidades de absenteísmo, sendo a mínima de 2,6% (consultas em idosos com tempo de espera de 31 a 60 dias) e máxima de 8,3% (exames em pessoas de 21 a 40 anos com até 15 dias de tempo de espera). As maiores probabilidades de ocorrência de absenteísmo são obtidas de modo geral em procedimentos que ultrapassam os 60 dias de espera, sendo a mínima 18,2% (Consultas em idosos) e no máximo 29,1% (exames em pessoas de 21 a 40 anos). Neste último cenário um idoso tem aproximadamente 10% de probabilidade a menos.
Conclusões/Considerações Foi evidenciada que a redução do tempo de espera para menos de 60 dias possibilitará a diminuição significativa do absenteísmo, o que repercute em diminuição no agravamento das doenças (por ampliar o acesso) e de custos para o sistema de saúde. A identificação de outras barreiras no fluxo dos usuários para o acesso a exames e consultas com elevado tempo de espera podem ser um importante ponto de partida para a redução deste problema.
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