26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO20b - Avaliação do acesso e regulação |
27148 - DILEMAS DO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA ATENÇÃO ESPECIALIZADA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO SISTEMA DE REGULAÇÃO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO NOS ANOS 2013 E 2017 FERNANDA ADÃES BRITTO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, NATHALIA CANO PEREIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, THIAGO COSTA VIRGILIO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO, EDGARD CAIRES GAZZOLA ANDRE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução Apesar dos avanços relacionados à ampliação da cobertura de serviços da Atenção Primária no município, o acesso aos serviços da atenção especializada-AE permanece um desafio da gestão para a garantia da integralidade da assistência prestada. Os pacientes encontram obstáculos para o acesso à AE, seja pelo elevado tempo de espera, barreiras geográficas ou insuficiência de serviços.
Objetivos Identificar os aspectos operacionais que dificultam o acesso à AE no Município do Rio de Janeiro, a partir da análise do sistema de regulação nos anos de 2013 e 2017.
Metodologia Estudo descritivo com análise de dados secundários obtidos do SISREG III. O banco de dados foi estruturado a partir dos agendamentos de consultas e exames da atenção especializada realizados no sistema, no período de Jan-Jul, 2013 e 2017. Informações adicionais foram extraídas do IBGE e Instituto Pereira Passos. A análise quantitativa foi feita por meio dos softwares Excel e Access e os mapas no ArcGIS. Foram excluídos agendamentos de outros munícipes, campos inválidos para bairro, endereço e UF de residência e agendamentos do mesmo paciente para fins de reavaliação. Foram definidas 02 categorias de análise: evolução da rede assistencial e fluxos de deslocamento para atendimento.
Resultados Foram identificados 405.050 agendamentos em 2013 e, 583.959 em 2017. Observou-se que 68% dos usuários se deslocaram para fora de seu distrito sanitário em 2017, inferior ao encontrado em 2013. Os usuários que mais se deslocaram para atendimento na AE foram de bairros da Zona Oeste(81%), seguido das zonas Norte, Sul e Centro. Resultado semelhante foi encontrado em 2013. A média de distância percorrida no município foi de 15Km em 2013 (13Km/2017). Especial redução foi verificada nos deslocamentos efetuados pelos residentes na Z.Oeste, saindo de 18 para 12Km. Em 2017, identificou-se 13.432 fluxos de deslocamento entre bairros de residência e unidades executantes (10.234 em 2013).
Conclusões/Considerações A análise comparada permitiu identificar uma melhoria do acesso a AE, a partir do maior nº de agendamentos e menores distâncias percorridas. O aumento do nº de fluxos pode ser explicado pela ampliação da rede assistencial 2013-2017, em especial da rede credenciada privada. Ressalta-se que o estudo reflete parte dos agendamentos realizados no SISREG, apontando para necessidades de análises conclusivas que subsidiem os gestores no desenho da rede.
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