Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO20a - Avaliação de sistemas de saude

27998 - DESIGUALDADES REGIONAIS NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL.
ANA PAULA SANTANA COELHO - UFES, ANNE CAROLINE BARBOSA CERQUEIRA VIEIRA - UFES, KEILA CRISTINA MASCARELLO - UFES, SÂMELA CARVALHO VALFRÉ DE JESUS - UFES


Apresentação/Introdução
O território brasileiro é marcado por profundas desigualdades regionais decorrentes de heranças históricas. Na configuração do sistema de saúde, essas desigualdades são reproduzidas, podendo repercutir nos padrões de acesso, que são influenciados por questões políticas, fatores econômicos, aspectos relativos à organização e oferta dos serviços no território, além das características do usuário.


Objetivos
Avaliar a utilização e a falta de acesso aos serviços de saúde no Brasil segundo macrorregiões do país.


Metodologia
Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), que é um estudo transversal, de base domiciliar, de âmbito nacional, realizado em 2013. A amostra foi composta por 205.546 brasileiros, de todas as faixas etárias. Calcularam-se as prevalências de utilização de consulta médica e odontológica nos últimos 12 meses e de falta de acesso nas duas últimas semanas, bem como seus intervalos de confiança, segundo macrorregiões do país. A falta de acesso é considerada como a proporção de pessoas que procuraram atendimento de saúde e não foi atendida. As análises foram realizadas por meio do Stata® 13.1, utilizando-se o módulo survey, sendo considerado o processo amostral da pesquisa.


Resultados
71,2% (IC95% 70,7- 71,3) dos brasileiros utilizaram consulta médica nos últimos 12 meses. A prevalência foi maior nas regiões Sudeste (75,8%; IC95% 74,8-76,8) e Sul (73,8; 72,6-74,9) comparadas às regiões Norte (61,4%; IC95% 59,9-62,8) e Nordeste (66,3%; IC95% 65,5-67,2). A falta de acesso no Brasil foi 4,7% com maior prevalência nas regiões norte e nordeste. 44,4% (IC95% 43,8–45,1) consultaram um dentista. A maior prevalência foi na região sul (51,9%; IC95% 50,2-53,5) e a menor na região Norte (34,4%;IC95% 33-35,9). Nas regiões Norte e nordeste em torno de 70% das consultas médicas realizadas foram realizadas pelo SUS. Nas regiões sul e sudeste a prevalência foi pouco mais da metade.


Conclusões/Considerações
Pessoas que residem nas regiões Sul e Sudeste ainda possuem maior acesso aos serviços de saúde. A grande utilização do SUS nas regiões norte e nordeste demonstra sua importância na redução das desigualdades regionais. Políticas de saúde com foco na equidade são fundamentais para o alcance da igualdade e universalização do acesso ao sistema de saúde brasileiro.

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