28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO28b - Diplomacia em Saúde Global |
24395 - A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (CIS) NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA (ENSP) DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (FIOCRUZ): DESENVOLVIMENTO E PANORAMA ATUAL (2013) ERICA KASTRUP BITTENCOURT - FIOCRUZ, CELIA MARIA DE ALMEIDA - ENSP / FIOCRUZ
Apresentação/Introdução O desenvolvimento de Escolas de Saúde Pública na região latinomericana se inicia na primeira metade do século XX, vincula-se à CIS com a Fundação Rockfeller, prevalecendo a perspectiva biomédica. A Ensp/Fiocruz foi consolidada nos anos 1960 a partir dos preceitos da Medicina Social e outros paradigmas correlatos em períodos históricos de sua trajetória institucional, sempre permeada pela CIS.
Objetivos Analisar o desenvolvimento da CIS na ENSP, elaborando um panorama das atividades e projetos de CI, realizados e em curso, no período 1991-2013. Contribuir para o refinamento dos registros e a formulação de uma política institucional nessa área
Metodologia Estudo de caso exploratório desenvolvido com abordagens qualitativas e quantitativas: levantamento e revisão de bibliografia; busca e análise documental e de registros institucionais sobre a CI; entrevistas e depoimentos de atores institucionais relevantes publicados nos sites da ENSP, da Fiocruz e do RADIS durante o ano de 2014. Elaborado esquema de análise que articula os conceitos de CI, saúde pública e saúde coletiva, no marco da interface entre saúde e relações internacionais, destacando-se a prioridade contemporânea da saúde na política externa brasileira, que se manifesta também CIS no âmbito Sul-Sul.
Resultados A CIS teve um papel relevante no desenvolvimento da Ensp, constituindo um processo gradual, com inflexões nos anos 1970-80, 1990-2000. Apoiou também a formulação do conceito de saúde coletiva, orientando a elaboração e implementação da reforma do sistema de saúde brasileiro. No período recente analisado, evidenciam-se duas vertentes paralelas e com trajetórias particulares: uma resulta de articulações diretas entre pesquisadores e instituições estrangeiras, sobretudo do Norte, com agendas atreladas às trajetórias acadêmicas individuais; e outra vinculada à atuação da ENSP como instituição de governo que desenvolve projetos de CI negociados institucionalmente, priorizando o âmbito Sul-Sul
Conclusões/Considerações A identidade da Ensp se pautou por enfoques político-sociais na abordagem da saúde. Sua história se imbrica com movimentos afins −latinoamericanos e europeus− e uma rede institucional que inclui instituições brasileiras, multilaterais e fundações internacionais. As duas vertentes da CIS são paralelas e com trajetórias particulares, mas guardam relações entre si. Urge melhorar a sua condução, recuperando seu papel estrutural na instituição
|