29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC25f - Saude bucal COC 6 |
21774 - CLÍNICA E SAÚDE COLETIVA: CONFLITO, DISTANCIAMENTO OU SINERGIA? VALÉRIA MARIA DE ARAUJO RÔÇAS - CONFLUÊNCIA DESENVOLVIMENTO HUMANO LTDA., MAURO LOPEZ REGO - CONFLUÊNCIA DESENVOLVIMENTO HUMANO LTDA.
Período de Realização 2013 a 2018.
Objeto da Experiência Situações clínicas nas quais a abordagem e o tratamento consideraram, além de aspectos biológicos, história, percursos e expectativas dos pacientes.
Objetivos Promover a integração entre referenciais de saúde coletiva e prática clínica, de forma a impactar nos níveis intrapessoal e interpessoal.
Rever processos, protocolos e procedimentos clínicos em consonância com princípios da saúde coletiva, e aplicá-los de modo a verificar sua eficácia e efetividade.
Metodologia Em contraposição à abordagem individualizada, reducionista ou exclusivamente biológica, a experiência desenvolve estratégias interdisciplinares para expandir a compreensão do processo saúde-doença, envolvendo análise de condições e estilo de vida, desejos e expectativas, entendimento, percepção e atitudes do paciente sobre o adoecimento.
A partir da individualidade e autonomia, a prática enfatiza acolhimento, compartilhamento de conhecimentos, autocuidado e criatividade em favor da saúde.
Resultados A combinação entre confiança e acolhimento, pretendida pela Saúde Coletiva, resulta em envolvimento pessoal e adesão que superam qualquer expectativa. A motivação para que pacientes se empoderem e participem ativamente de seus tratamentos é estratégia efetiva para que eles compreendam seu papel na conquista da saúde.
Escutas qualificadas possibilitam mais do que resultados qualificados, mas sim resultados permanentes e expandidos.
Análise Crítica Reconhecidos avanços na formação profissional em saúde bucal são ainda insuficientes para disseminar práticas que transponham “o campo da ousadia e da experimentação” para incorporar a acepção teórica da Saúde Coletiva.
Como desafios ainda em curso incluem-se fragilidades conceituais e na relação profissional/paciente, usualmente verticalizada, e a não valorização das histórias, condições e modo de vida trazidos pelos pacientes para contribuir na compreensão do adoecimento.
Conclusões e/ou Recomendações O modelo de saúde bucal coletiva segue em construção. Aspectos sociais como determinantes de doenças demandam novas abordagens no “ato de cuidar” para transformar pacientes em protagonistas.
Num campo dinâmico como da formação e da prática em saúde, os conceitos da Saúde Coletiva não têm ainda posição definida no âmbito clínico.
Experiências resultantes dessa interlocução devem ser compartilhadas e compreendidas para fomentar avanços nessa direção.
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