29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC25e - Saude bucal COC 5 |
23346 - CÁRIE DENTÁRIA E USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE EM CRIANÇAS DE 5 ANOS EM MINAS GERAIS
PRISCILA ALMEIDA RODRIGUES - UFMG, LÍVIA GUIMARÃES ZINA - UFMG, JANICE SIMPSON DE PAULA - UFMG, RAFAELA SILVEIRA PINTO - UFMG
Apresentação/Introdução
A despeito do forte declínio da cárie dentária, os últimos inquéritos epidemiológicos de saúde bucal no Brasil não demonstraram a mesma redução na prevalência da cárie para idade de 5 anos. Dentre os fatores observados, destaca-se a influência das condições socioeconômicas sobre a cárie; soma-se a isso o possível impacto do uso de serviços de saúde, o qual retrata a vulnerabilidade da sociedade.
Objetivos
Este trabalho teve como objetivo descrever as características epidemiológicas de saúde bucal das crianças de 5 anos no estado de Minas Gerais e sua relação com o uso de serviços de saúde.
Metodologia
Nessa pesquisa, foram utilizados os dados epidemiológicos mais recentes do estado de Minas Gerais, provenientes do estudo SB Minas Gerais - Pesquisa das condições de saúde bucal da população mineira, em 2012. A pesquisa de base amostral foi realizada em 4.898 domicílios no interior do estado e foram examinadas 1.193 crianças de 5 anos de idade. Os dados da capital são aqueles referentes ao inquérito SB Brasil 2010 - Pesquisa Nacional de Saúde Bucal. Foi realizada análise estatística descritiva, por meio do software SPSS.
Resultados
A média de prevalência de crianças livres de cárie no estado foi de 50,5%, muito próxima a da região Sudeste (51,9%), e melhor que a média brasileira (46,6%). Em relação ao tipo de serviço utilizado, observou-se que, entre os usuários do setor público, a prevalência de cárie foi maior (capital: 5,5; interior I: 2,8; e interior II: 3,3), quando comparado ao setor privado (capital: 1,6; interior I: 1,7; e interior II: 2,0). Com relação ao índice de cuidados odontológicos, observou-se um gradiente em relação à variável renda. De forma geral, o grupo de menor renda teve a metade ou menos da proporção de dentes restaurados do que o grupo de maior renda.
Conclusões/Considerações
Crianças de 5 anos usuárias do setor público apresentaram um perfil de cárie dentária em dentes decíduos mais agressivo do que no setor privado. O acesso a serviços odontológicos de caráter conservador é fortemente mediado pela renda, a qual também afeta a prevalência e a severidade da cárie. É dever do SUS garantir o princípio da equidade, de forma a reduzir as desigualdades e melhorar a condição de saúde das crianças pequenas.
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