29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC25e - Saude bucal COC 5 |
22205 - ANÁLISE DO ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DO MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO: A PERSPECTIVA DO GESTOR MUNICIPAL. RENATA GUEIROS FERRAIOLO - ISNF/UFF, ANA LUIZA MEDEIROS CESAR - ISNF/UFF, CARLA CRISTINE SCHAUS ABREU - ISNF/UFF, VICTORIA SÁ TEIXEIRA DE CASTRO - ISNF/UFF, MARCOS ALEX MENDES SILVA - ISNF/UFF
Apresentação/Introdução A Saúde Bucal esteve historicamente a margem das políticas de saúde. Este quadro começa a mudar apenas em 2000 com a incorporação do CD ao então PSF, e com a edição da Política Nacional de Saúde Bucal, em 2004, gerando ampliação da oferta e qualificação da atenção. Para o avanço destas conquistas em nível local, o gestor deve se organizar em redes visando garantir serviços equitativos e integrais.
Objetivos O estudo, realizado na região serrana do Rio de Janeiro, cria um panorama sobre o grau de desenvolvimento da rede de atenção à saúde bucal a partir da visão/experiência do gestor, gerando informações sobre o modelo de atenção ofertado.
Metodologia Foi aplicado o Instrumento de Diagnóstico do Estágio de Desenvolvimento da Rede de Atenção à Saúde adaptado para a versão saúde bucal (Leal et al.,2014) a 12 coordenadores municipais de saúde bucal de municípios da região serrana do estado do Rio de Janeiro. Este, com 107 perguntas, abrange os domínios: População, Atenção Primária, Pontos de atenção à saúde secundários e terciários, Sistema de apoio e logístico, Sistema de governança da rede e Modelo de atenção à saúde. O presente trabalho explora os resultados do domínio Modelo de Atenção, expressos na forma de gráficos de distribuição de frequência relativos as características desta dimensão no âmbito da rede de atenção a saúde bucal.
Resultados Os melhores desempenhos ocorreram no tocante a existência de: modelo de oferta nos diferentes níveis de complexidade; e de ações agregando recursos da comunidade, incluindo ações intersetoriais e de promoção de saúde. Ações reabilitadoras e atenção programada priorizada por risco obtiveram desempenho básico. Em geral não há uso de tecnologia de gestão e emprego de auditoria clínica referenciada em protocolos. Foram fracamente utilizados os contratos de gestão entre secretaria e equipes baseado em metas. A gestão de listas de espera não vem incorporando tecnologias. A adoção de protocolos clínicos, planos de cuidado e programas de educação permanente apontam ser inexistentes ou ineficientes.
Conclusões/Considerações O modelo de atenção à saúde bucal adotado prioriza o sistema de referência e contra referência e as ações de promoção de saúde, organizadas de forma intersetorial. Os resultados do estudo revelam as fragilidades e fortalezas deste tipo de oferta, e irão compor uma base de dados útil para os gestores municipais de saúde bucal orientarem suas tomadas de decisões, aprimorando a Rede de Atenção à Saúde Bucal.
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