28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC25d - Saude bucal COC 4 |
28759 - PERDA DENTAL EM ADULTOS E IDOSOS BRASILEIROS, SEGUNDO CONDIÇÕES DEMOGRÁFICAS E SOCIOECONÔMICAS: ANÁLISE DA PNS 2013. TÁSSIA FRAGA BASTOS - UNICAMP; SLMANDIC, LHAIS DE PAULA BARBOSA MEDINA - UNICAMP, MARGARETH GUIMARÃES LIMA - UNICAMP, MARILISA BERTI DE AZEVEDO BARROS - UNICAMP
Apresentação/Introdução A perda dental é um importante problema de saúde pública, resultante das experiências individuais com os cuidados em saúde bucal e com os serviços de assistência odontológica ao longo da vida. Sua ocorrência pode afetar a autoestima, a qualidade de vida, a dieta, o estado nutricional e a socialização do indivíduo. Ressalta-se a importância de monitorar os grupos mais vulneráveis a essa condição.
Objetivos O objetivo deste estudo é avaliar o número de médio de dentes perdidos em adultos e idosos brasileiros, de acordo com variáveis demográficas e socioeconômicas.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, em que foram utilizados dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013. Os dados são autorreferidos, coletados por meio de questionário que contemplou a percepção do estado de saúde, doenças crônicas, condições bucais, estilos de vida, entre outras. As variáveis analisadas foram: número de dentes perdidos (variável dependente), sexo, idade, raça/cor, escolaridade, renda, região em que mora, zona (urbana e rural). Foram estimadas as médias e intervalos de 95% de confiança (IC95%) para cada categoria das variáveis independentes. Entrevistaram-se 49.025 adultos de 18 a 59 anos e 11.177 idosos de 60 anos ou mais.
Resultados Mulheres adultas e idosas apresentaram maior número médio de dentes perdidos. Com o aumento da idade, o número médio de dentes perdidos aumentou nos adultos, chegando a 13,1 na faixa de 50 a 59 anos, e nos idosos, 23,4 entre os de 70 anos ou mais. Os indivíduos com menor escolaridade possuíam maior número de dentes perdidos, sendo 12,4 nos adultos e 25 nos idosos. Padrão semelhante foi encontrado para renda nos adultos e, nos idosos, aqueles de maior renda perderam em média 12 dentes, enquanto as demais categorias de renda inferiores perderam 21 ou mais dentes. Moradores da zona rural e os que não possuem plano de saúde apresentaram maior número de dentes perdidos nos segmentos analisados.
Conclusões/Considerações As análises permitiram identificar grupos populacionais mais vulneráveis. Evidencia-se que, o aumento da idade e condições socioeconômicas, como baixa escolaridade e renda favorecem um maior número de perdas, assim como morar em área rural. Diante dos resultados, faz-se necessário maior investimento em práticas preventivas e promotoras de saúde, em especial para esses segmentos, em idades mais precoces.
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